Jónsi Birgisson, Georg Hólm, Kjartan Sveinsson e Orri Páll Dýrason são
provavelmente os maiores responsáveis por toda uma geração de ouvintes
se ter aproximado da música erudita ou de quaisquer outras formas de
experimentação e estranhos diálogos que possam existir dentro do campo
musical.
Desde
Von
, o primeiro álbum, que os Sigur Rós se concentram na produção de discos
que, mesmo próximos, organizam-se e funcionam de maneiras diferentes.
Têm sido álbuns que acabam sempre por partilhar um novo sentimento ou
proposta.
O sexto cd de originais chegou ás lojas ontem, com um conceito novo: 12 realizadores criaram algo inspirado no reportório do novo album.
Valtari -Mistery Film Experiment tem 12 visões para 8 novas paisagens sonoras. Valtari
talvez seja o mais introspectivo e difícil disco do grupo até hoje. Não
há qualquer forma de abertura ou canções capazes de conversar com o
grande público aos moldes de
Glósóli
,
Hoppípolla
e
Svefn-g-englar
, alguns dos maiores tratados comerciais da banda.
Quem também esperava por um álbum com uma sonoridade coincidente com
aquilo que Jónsi e o parceiro Alex Somers vinham a desenvolver em
relação à carreira solo do vocalista dos Sigur Rós, pro
vavelmente irá
sentir-se defraudado ao mergulhar nos obscuros 54:25 minutos de
Valtari
. Se antes Jónsi era a figura central dentro do projeto, agora a sua voz
é apenas um mero plano de fundo no decorrer da obra, já que boa parte
das canções abandonam a voz como ponto de destaque para que a banda
possa se concentrar na instrumentação. E como o destaque maior está na
música e não na voz,
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