30/01/2010

FOTO DO BILHETE DOS THE RESIDENTS


18 Outubro 1989, Audimax (Hamburgo, Alemanha)- - preço $30.00

HOT CLUBE PORTUGAL ARDEU EM DEZEMBRO 2009

O Hot Clube de Portugal, o primeiro clube de jazz criado em Portugal, fez em 2008- 60 anos: a 19 de Março de 1948, o seu fundador, Luís Villas-Boas, preencheu a primeira ficha de sócio.

Por lá passaram grandes nomes internacionais do jazz e conviveram várias gerações de músicos portugueses, como Bernardo Moreira, Mário Laginha, Bernardo Sassetti, Maria João, José Eduardo, António Pinho Vargas, Filipe Melo, Júlio Resende e Paula Oliveira.

Entre os sócios fundadores contam-se o fotógrafo Gerardo Castello-Lopes, o músico Artur Carneiro e Augusto Mayer, aos quais se juntaram sócios ocasionais, como Catherine Deneuve, Alexandre ONeill e Raul Solnado.

A direcção do Hot Clube anda a tentar conseguir resolver o problema do espaço provisório, com a Câmara Municipal de Lisboa. Na reunião foram apresentadas diversas propostas para albergar os concertos do clube, sendo vontade dos responsáveis do Hot manter o clube junto à Praça da Alegria.

A direcção quer continuar ligada à Praça da Alegria, e enontrar um local e ambiente do estilo do que havia no n. 39 da Praça da Alegria.

Em paralelo com a discussão sobre o possível espaço provisório para albergar os concertos a realizar no HCP, foi também abordado o projecto de construção de uma Casa do Jazz no edifício na Praça da Alegria que ardeu no final de 2009.

O Hot Clube de Portugal funcionou durante quase 60 anos numa cave na Praça da Alegria, em Lisboa, mas o prédio que o albergava, no número 39, ardeu em Dezembro, inviabilizando por completo a sua utilização.

Todos os músicos com concertos previstos foram já avisados do cancelamento da programação até Agosto.

THE LEGENDARY PINK DOTS


The Legendary Pink Dots - Plutonium Blonde (2008)

21/01/2010

HALF JAPANESE

Poucos dos fundadores do punk rock poderiam ter antecipado o extremo ao qual os Half Japanese tomaram da música " do-it-yourself ethos". Fundada pelos irmãos David e Jad Fair,foram muito provavelmente desde os The Shaggs, a banda de rock mais diletante a ignorando e registando todos os princípios musicais como acordes, ritmos e melodia. No entanto, os irmãos fizeram a abordagem numa estética orientadora,recusando-se a progredir na sua musicalidade primitiva durante uma carreira que durou décadas.

O artigo de David Fair "How to Play Guitar" apresenta a filosofia dos half Japanese: se você rejeitou as idéias tradicionais sobre o "fingering, tuning " e até mesmo encordoar uma guitarra, não há limites para te poderes expressar sobre ela, afinal, é o teu instrumento . Os proponentes da banda (que incluiu Kurt Cobain) viram um entusiasmo puro, sem limites para o rock & roll, a expressão máxima da máxima do punk rock, que deve ser acessível a qualquer pessoa que queira pegar um instrumento e tocar.

BUTTHOLE SURFERS


Butthole Surfers - Rembrandt Pussyhorse (1986)

LUDUS

Formaram-se em 1978, Manchester, acabaram em 1984. Fazia parte do grupo na guitarr, Ian Devine (1979-84) dos Devine & Statton.

1981-The Seduction
1982-Danger Came Smiling

DAVE EGGERS - O Sítio das Coisas Selvagens

É um dos "meninos de ouro" da literatura americana, transformou uma história com 300 palavras de Maurice Sendak, num filme e num romance de quase 300 páginas "O Sítio das Coisas Selvagens".

Quando nas tardes dos anos 70, na casa em que o pequeno Dave morava com os pais e dois irmãos mais velhos num subúrbio de Chicago, passava na TV "O Feiticeiro de Oz", ele via-o escondido atrás do sofá. Por isso, quando ouviu a história e folheou o livro "Where the Wild Things Are" ("Onde Vivem os Monstros"), de Maurice Senda.

Nessa altura, o pequeno Dave Eggers (n. 1970) estaria longe de imaginar que daí a três décadas seria co-autor do argumento de um filme baseado nessa história que o aterrorizou - feita com pouco mais palavras (no original em inglês) das que as que tem este parágrafo - e também que um dia, esse mesmo senhor Maurice Sendak que a inventou e fez os desenhos que a ilustram, lhe telefonaria para o convencer a escrever um romance ("O Sítio das Coisas Selvagens", Quetzal, 2009) que recriasse a história do irrequieto Max e dos monstros que ele encontra.

Das marcas deixadas na infância,(Em várias entrevistas menciona o facto de ter tido uma infância enclausurada, com horários pré-definidos para tudo, mas mais "selvagem" que a de Max: costumava jogar futebol com bolas de ténis em chamas, banhadas em querosene) cria em 2002, em São Francisco, uma organização sem fins lucrativos, a "826 Valencia", que ensina crianças e jovens entre os seis e os 18 anos a escrever ficção- estendeu-se a outras cidades como LA, Nova Iorque, Chicago, Boston. Este lado mais ou menos filantropo de Eggers, que parece querer fazer carreira como "escritor com causas", tem também forte expressão literária. Um dia, conheceu Valentino Achak Deng, refugiado sudanês estabelecido em Atlanta. Durante meses ouviu as suas histórias de menino perdido na guerra civil do Sudão, nos campos de refugiados por onde passou, como chegou aos EUA, e tomou muitas notas de tudo. Depois pôs mãos à obra e escreveu um romance brilhante, "What Is What" ("O Que é o Quê", Casa das Letras, 2009), "autobiografia" ficcionada que se tornou num "bestseller". Com o dinheiro obtido com os direitos do livro, que foi entregue a Valentino Achak Deng, este criou uma fundação com o seu nome que se propõe construir escolas secundárias no sul do Sudão; a primeira foi inaugurada em Maio.

Mais recentemente, já em 2009, foi a vez da publicação de "Zeitoun", a história de uma família muçulmana, sírio-americana, que viu ser preso Abdulrahman Zeitoun, um habitante de Nova Orleães que se deixou ficar na cidade durante o furacão Katrina para ajudar no salvamento dos necessitados que o Estado abandonara à sua sorte, e que depois foi acusado de terrorismo pela administração Bush. Também o dinheiro obtido com os direitos deste livro (a publicar este ano em Portugal pela Quetzal) reverte a favor da Fundação Zeitoun, que se dedica à defesa dos direitos humanos.

DAVE EGGERS

Em 1991, com 21 anos, Dave Eggers perdeu os pais com poucas semanas de intervalo, mortes causadas por cancro.Esta dolorosa experiência leva-o a escrever o primeiro livro. A Heartbreaking Work of Staggering Genius" (2000), livro de memórias sobre os trágicos acontecimentos, à mistura com um pouco de ficção. A recepção por parte de leitores (um milhão de exemplares nos EUA) e dos críticos atiram o seu nome para o restrito grupo dos "meninos de ouro" da literatura americana.

A revista "McSweeney's", que ele criara em 1998, torna-se numa publicação de culto. Confirmando as expectativas no seu potencial literário, Eggers publica em 2002 o primeiro romance, "You Shall Know Our Velocity", que ganha o "The Independent Book Award". Mas por essa época, outra tragédia acontece na sua vida.

A irmã, face ao sucesso obtido por "A Heartbreaking Work of Staggering Genius", reclama para si a parte da responsabilidade na educação do irmão mais novo acusando Eggers de mentir no livro.

ouco tempo depois, arrepende-se e deixa um "post" no sítio da net da "McSweeney's" em que confessa que o que fez foi "a really terrible La Toya Jackson moment". E suicida-se. Dave quase nunca se referiu à morte da irmã.

20/01/2010

LOU REED + ANDY WARHOL


JOHN CASSAVETES

John Cassavetes
(1929 - 1989)



1958 SHADOWS

1961 TOO LATE BLUES

1963 A CHILS IS WAITING

1965 FACES

1970 HUSBANDS

1971 MINNIE & MOSKOVITZ

1974 A WOMAN UNDER THE INFLUENCE

1976 THE KILLING OF A CHINESE BOOKIE

1977 OPENING NIGHT

1980 GLORIA

1984 LOVE STREAMS

1987 BIG TROUBLE

KGB


Mike Bloomfield:(Guitarrista -Butterfield Blues Band, Bob Dylan, Electric Flag)
Carmine Appice:Baterista( Vanilla Fudge, Cactus, Jeff Beck, Rod Stewart e Ozzy Osbourne)
Ray Kennedy:Vocal (Beach Boys)
Barry Goldberg: Keyboards (Paul Butterfield Blues Band, Electric Flag, Bob Dylan etc.)
Rick Grech: Baixista (Blind Faith, e Ginger Bakers Airforce).

Este disco faz parte das raridades obscuras, comenta-se que participa no disco Steve Winwood, embora não creditado.Também se apresenta Al Kooper (ganhou fama com Bob Dylan).

JACK ROSE


Em Fevereiro vai se realizar um concerto feito pelos seu amigos em memoria de Jack Rose, onde vão referenciar o novo album Luck In The Valley, e vai ser a ocasião para celebrar e lembrar o bom Dr. Ragtime.

Artistas:
D. Charles Speer & The Helix
Thurston Moore | Paul Flaherty | Chris Corsano
Michael Chapman
Pelt
The Black Twig Pickers
Glenn Jones
Byron Coley
Meg Baird | Chris Forsyth
Megajam Booze Band
DJ Ian Nagoski
Video clips curated by Tara Young

PETER SCHERER


Peter Scherer é um compositor e produtor, com uma carreira multifacetada que engloba música para cinema e dança, produzindo, arranjando e tocando com outros artistas de todo o espectro da música contemporânea. Nasceu em Zurique, na Suíça, onde estudou piano, composição, teoria e orquestração, com György Ligeti e Terry Riley.

No início dos anos 80, conectou-se com figuras-chave da cena downtown de Nova York - Kip Hanrahan, Arto Lindsay, Bill Frisell, Nana Vasconcelos e John Zorn, colaborando em vários projectos de gravação e performances, ao mesmo tempo, trabalha com artistas de R & B, como Nile Rodgers, e muitos outros. Com Lindsay, funda os Ambitious Lovers, misturando elementos brasileiros, R & B, experimental, funk, e estilos de soul resultando no lançamento de três álbuns, 'Envy', 'Greed' 'Lust'.Também lançaram a compilação 'Pretty Ugly', música para dança e teatro.

Scherer colaborou com a coreógrafa Amanda Miller e o Ballet de Frankfurt para duas produções, "pretty ugly" e " No Wild Ones " e mais tarde com o Ballet Opera de Zurique para "Essey and Pannes". Scherer, ao mesmo tempo, começou a trabalhar como produtor de Caetano Veloso, Laurie Anderson, Bill Frisell, World Saxophone Quartet, Corin Curschellas, Ute Lemper e Nana Vasconcelos.

Como um teclista, tem aparecido com frequência em concertos e gravações com Laurie Anderson, Marc Ribot, David Byrne, Marisa Monte, Arto Lindsay, John Zorn, Al Jareau, Waldemar Bastos, Rebekka Bakken, Cyro Baptista, Seigen Ono, Kip Hanrahan, Vinicius Cantuaria, Etienne Daho....

COSA BRAVA + FRED FRITH


COSA BRAVA  "RAGGED ATLAS" 2010
Fred Frith, g/b/voice
Zeena Parkins, acc/keyb/foley objects/voice
Carla Kihlstedt, violin/voice
Matthias Bossi, drums/voice

TIN HUEY


Tin Huey vieram da fértil cena de Ohio, a mesma cidade que gerou as bandas experimentais de new wave, Pere Ubu, Devo, e os Human Switchboard. O único álbum do grupo é uma entidade intrigante e curioso arty, miscelânea de estilos quemuitas vezes mostra a influência do jazz, e recorda-nos os the Soft Machinede, Swollen Monkeys, Etron Fou LeLoublan, Pigbag...... .As canções aqui são frequentemente multisectional dando amplas oportunidades aos solos de Ralph Carney. Há também uma cover power pop de Neil Diamond- Monkees,o hit "I'm a Believer", que deve algo aos The Motors. Os membros do grupo espalharam-se para outras bandas, após este lançamento, com Chris Butler nos Waitresses, a ser o mais bem sucedido.

THE BILLY NAYER SHOW


Rabbit, 2004 - não é um álbum sobre coelhos, é um álbum sobre o sexo, com uma estética glam rock entregue a uma atitude garage.
Explicando The Billy Nayer Show é como a suprema corte tentando definir pornografia: não é possível descrever,só o vai saber quando o ver. A sua especialidade é um sarcasmo por vezes enigmático, que encerra uma crença central no poder do amor. BNS é uma banda totalmente administrada por uma única mitologia interna, fora e além de qualquer tendência.

Nasce em São Francisco sediada em Nova Iorque BNS é o singer/songwriter/electric autoharpist Cory McAbee, o baterista Bobby Lurie e o baixista Frank Swart. O primeiro show, abrindo para os The Circle Jerks, encontrou-os cobertos de muco humano (não os seus), com o sistema de PA a pegar fogo. Com o auto-intitulado álbum de estréia, em 1994, o grupo já tinha adquirido um culto entre a população de São Francisco, extasiado com as personagens como the King Bunny. Canções de amor como "Apartment # 5" ficam em contraste com as alegorias post-punk de " Window" e o estranho fenómeno conhecido como "Weasel Heart".

JANDEK


Jandek, nome do misterioso artista norte-americano, vai estar no sábado no Teatro Maria Matos, em Lisboa, a mostrar que a música pode ser uma arte que não se deixa contaminar.

O concerto em Lisboa acontece um ano depois da estreia de Jandek em Portugal, na Fundação de Serralves, no Porto, onde actuou a solo ao piano.Até os espanhóis fizeram parte da plateia naquele final de tarde de sábado – o concerto teve início pouco depois das 7 da tarde- será que foi a pedido de Jandek ?.

Desta vez, Jandek, 64 anos, estará em palco com três músicos que escolheu para tocarem consigo: Sei Miguel (trompete), Peter Bastien (saxofone) e o guitarrista André Ferreira.

O misterioso e eremita músico americano vem a Portugal mostrar um pouco da obra que vem desenhando desde os anos 70, quase em segredo, já que só em 2004 se apresentou ao vivo pela primeira vez. O mistério em torno de Jandek, nome artístico de um músico do Texas, deve-se ao facto de praticamente não ter dado entrevistas, e nunca ter feito qualquer divulgação das dezenas de álbuns.

O site de Jandek na Internet é explícito sobre isso ao referir que "toda a gente sabe uma coisa sobre Jandek: ninguém sabe nada sobre Jandek. Não há nada, a não ser a música".

E acrescenta: "Oficialmente Jandek não é uma pessoa. Os álbuns e os concertos são de Jandek, mas o homem que aparece nas capas dos álbuns e em palco é um representante da [editora] Corwood Industries", de nome Sterling Smith.

Este secretismo em torno do músico causa mais curiosidade, mas obriga o público a centrar-se na música.

"Isto é fulcral. Jandek não é uma pessoa, é uma performance. E isto tem a exposição dos artistas e a justificação que têm que dar sobre a sua música e isso torna mundano o trabalho artístico", explicou à agência Lusa o promotor Pedro Gomes, responsável pelos dois concertos de Jandek em Portugal.

Pedro Gomes pouco ou nada adianta quanto à biografia, modos de estar e de ser de Jandek - "isso é confidencial" - respeitando a decisão do músico de não dar qualquer informação sobre a sua vida, qualquer entrevista sobre a música que faz.

"A possibilidade de não ter de justificar nada a ninguém torna-o completamente despojado de preocupações. Ao explicar-se está a adaptar-se, está a impurificar o seu trabalho", opinou o promotor.

O concerto de Lisboa será necessariamente diferente do do Porto, em que Jandek tocou a solo perante uma plateia esgotada que escutou apenas duas composições "solitárias, muito poéticas, minimalistas", quase Debussy e Satie mais "primitivas".

No Teatro Maria Matos, é possível que Jandek revele a sua "visão espectral da história da música americana", embora a sua música, registada em dezenas de álbuns, "não tenha nome nem cartografia".

Os convidados para este concerto foram escolhidos de uma longa lista de músicos portugueses, fornecida pela promotora, quando Jandek esteve em Portugal em 2009.

Foi ainda convidado o saxofonista Peter Bastian, músico antagónico de Jandek, que se recusa a gravar qualquer álbum, fixando-se apenas nas actuações ao vivo.

Ao guitarrista André Ferreira, dos Tropa Macaca e dos Aquaparque, foi-lhe pedido que tocasse piano, embora o músico não tenha conhecimentos daquele instrumento.

19/01/2010

THE RESIDENTS



The Residents & Snakefinger - Nibbles LP label Ralph Records, 1979.

O álbum é uma compilação promocional enviado para várias estações de rádio-americanas para promover os Residents, após o lançamento de Duck Stab.
Daí o título completo "This is a special DJ record of the Residents' alleged music. Please Do Not Steal It! Keep it at your station - we need the radio airplay. Much obliged.

Please Don't Steal It! foi disponibilizado na Europa e Austrália, com uma capa e título diferente. A lista completa é a mesma. Edição de 975 exemplares.

As "liner notes" de Nibbles referem o album como "another first" for the band: não é o primeiro concept-album. O álbum é uma compilação de canções dos primeiros cinco álbuns (e não é um álbum de grandes hits, - afinal, os The Residents não possuem hits).

Esta é apenas uma colecção bem-escolhida de 13 faixas dos primeiros cinco álbuns com duas faixas bônus - "The Spot", é uma colaboração com o colega e artista Snakefinger, que só estava disponível como single em "Santa Dog '78".

PLEASE DO NOT STEAL IT! (NIBBLES), LP, 1979
01. You Yesyesyes (3:00)
02. Santa Dog '78 (1:53)
03. Gloria
04. Rest Aria [Excerpt] (2:23)
05. Semolina (2:48)
06. The Spot
07. Never Known Questions [Excerpt]
08. Constantinople (2:24)
09. Laughing Song (2:13)
10. Making of a Soul [Excerpt] (2:48)
11. Skratz (1:42)
12. Good Lovin' (1:43)
13. Blue Rosebuds (3:08)
14. Six Things to a Cycle [Excerpt] (3:20)
15. The Electrocutioner (3:20)

THE MONKS



The Monks live on German TV, 1965.

HEROINA


Egberto, Naná e ECM

A ECM Records, um dos mais prestigiadas editoras do nosso tempo, comemorou recentemente seu quadragésimo aniversário. Criada pelo alemão Manfred Eicher, a gravadora sediada em Munique celebrizou-se pelo lançamento de muitos dos melhores discos de música instrumental e experimentalista dos quatro cantos do mundo.

Naná Vasconcelos e Egberto Gismonti,dois brasileiros com os seus registos ajudaram a consolidar a ECM como referência fora do mainstream, contribuíram com Circense, de Egberto, e Saudades, de Naná, ou mesmo "Dança das cabeças" e "Duas voze", estes gravados em 1977 e 1984. Como não poderia deixar de ser, os dois voltaram a se apresentar na Alemanha no segundo semestre de 2009.

O primeiro foi Egberto Gismonti, que veio acompanhado do filho Alexandre, o jovem violonista que começa a encantar as plateias, e apresentaam “Der Blaue Klang” (O som azul), série especial do festival Enjoy Jazz, realizado anualmente nas cidades de Heidelberg, Mannheim e Ludwigshafen.

Naná Vasconcelos desembarcou na Alemanha com bagagem mais compacta do que os usuais 120 quilos de instrumentos que costuma levar, chegou à Alemanha três semanas depois da passagem de Egberto, em Novembro, a convite de outro festival, o “Film erzählt Musik” (“Cinema conta música”) em Stuttgart.

Naná empunhou o seu famoso berimbau, mostrando porque é considerado o melhor percussionista do mundo.

A ECM Records relançou há pouco o “pacote comemorativo” com os três CDs de Codona, apresentado como “legendary recordings of the transcultural pioneers”.

ROBERT WIENE - O Gabinete do Dr. Caligari


Antes de Vertov na Rússia contestar a sua câmera, "antes do avant garde Françês dar o monumento de " Napoleão ", a Alemanha foi a primeira estrela do Velho Continente a fazer um movimento de arte radical.
E 1920 o povo teutônico, perdera a Grande Guerra, está pronto para recuperação e renascer sob a bandeira do desenvolvimento económico e cultural. Paradoxalmente, é o exemplo finda a guerra vai influenciar significativamente o pensamento e a ideologia intelectual do novo curso: A expressão vem como correntes, principalmente pinturas e teatro (como "palavra" de insurgência para as certezas e o materialismo da burguesia liberal 'dentro da República de Weimar), mas também encontrou grande resposta no filme infantil, que muitas vezes vinham estrelas do mundo do teatro em si.

Naqueles anos, o cinema floresceu por todo o oceano só através do milagre Griffith.
O Gabinete do Dr. Caligari" é, neste sentido, a obra-prima do movimento de arte (e também de todos os filmes), o progenitor do final da fantasia e horror, de futuras obras-primas assinado por dois outros principais protagonistas do cinema expressionista alemão, Murnau ( "Nosferatu", 1922) e Fritz Lang ( "Metropolis", 1926).

O filme lança o espectador para uma nova experiência visual e emocional.Com argumento e dirigido por Robert Wiene, do duo Mayer-Janowitz, encenou uma parábola que se centra no dark gótico fantástico, e no poder do hipnotismo.

 cast: Werner Krauss, Conrad Veidt, Friedrich Feher, Lil Dagover, Hans Heinrich von Twardowski.

 director: Robert Wiene

 produção: Rudolf Meinert, Erich Pommer
 ceneggiatura: Hans Janowitz, Carl Mayer
 otografia: Willy Hameister
 cenografia: Walter Rohrig

COACHELLA 2010



A edição 2010 do Coachella Valley Music & Arts Festival será realizado entre os dias 16 e 18 de Abril, no Empire Polo Field, em Indio, California.

Bandas como Muse, Pavement, Hot Chip, Devo, Gorilaz, Grizzly Bear, Vampire Weekend, Muse, Hot Chip, Deerhunter, Dirty Projectors, e Faith no More,..... estão cotadas para se apresentarem no festival, que contará com outros 150 artistas.
O passe para os três dias sai por US$ 269. A edição do ano passado teve um público estimado em 153 mil pessoas - ainda bem que estou longe, e não tenho dinheiro para ir .....

FAITH NO MORE



Imparável, M.Patton, no meio do publico.....

CONCERTO 29 MARÇO 1990/ SALA ARENA AUDITORIUM VALENCIA


10/01/2010

PETER BROTZMAN CHICAGO TENTET


Os pesos pesados do free, Peter Brötzmann Chicago Tentet no Porto em Maio na Casa da Musica. A ultima presença em solo nacional foi no Festival Jazz em Agosto, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, a 9 Agosto, 2008.

BRÖTZMANN CHICAGO TENTET:
Peter Brötzmann — tenor sax/clarinet/tarogato
Mars Williams — tenor/alto/soprano sax/clarinet
Ken Vandermark — tenor sax/clarinet/bass clarinet
Mats Gustafsson — baritone sax/fluteophone
Joe McPhee — pocket cornet/valve trombone/soprano sax
Jeb Bishop — trombone
Fred Lonberg-Holm — cello
Kent Kessler — bass
Michael Zerang — drums/percussion
Hamid Drake — drums/percussion


BRÖTZMANN CHICAGO OCTET:
Peter Brötzmann — sax/clarinet/tarogato
Mars Williams — tenor/alto sax/clarinet
Ken Vandermark — tenor sax/clarinet/bass clarinet
Jeb Bishop — trombone
Fred Lonberg-Holm — cello
Kent Kessler — bass
Michael Zerang — drums/percussion
Hamid Drake — drums/percussion

FRED FRITH





Multi-instrumentista, compositor e improvisador Fred Frith veio à proeminência como guitarrista/violinista/pianista/xilofone, e um dos principais compositores dos Henry Cow. Também apareceu como convidado em albums de Brian Eno, Robert Wyatt e Jade Warrior (entre muitos outros). Lançou o primeiro álbum a solo, Guitar Solos, em 1974.

Após o desaparecimento dos Henry Cow em 1978, Frith embarcou numa carreira que o levaria a aparecer em mais de 400 álbuns. Em 1979 mudou para Nova York, onde entrou em contacto com a próspera cena da música improvisada. Lançou 2 álbuns a solo em torno deste tempo: Gravity gravado com os membros dos Muffins e Mammaz Zammla Manna, e Speechless, com os Etron Fou Leloublan e Massacre, o power trio avant prog que formou com Bill Laswell e Fred Maher.

Ao mesmo tempo, estava a trabalhando com os Art Bears, Massacre e num duo de improvisação com o baterista Chris Cutler, com quem lançou 3 CDs. No inicio da década de 80 também trabalhou com os Skeleton Crew, com Tom Cora, e foi um convidado regular em projectos de outros artistas, incluindo The Residents, e sua reputação como compositor foi crescendo.

No final dos anos 80 formou, Keep The Dog, uma banda de tourné. Em 1990, aderiu ao projecto de John Zorn, Naked City como baixista - Zorn e ele também trabalharam como um duo de free jazz. Os seus álbuns foram lançados para teatro, dança e cinema e a sua carreira como improvisador também continuou inabalável.

GUNTHER VON HAGENS


Dezenas de cadáveres e centenas de orgãos, estão patentes “espécimes humanos reais para oferecer um manual visual“ do corpo humano, diz o comunicado oficial. Gunther von Hagens, conhecido como o “escultor de cadáveres” ou o “Salvador Dali do corpo humano“, tem vindo a enfrentar forte contestação por, alegadamente, ter comprado cadáveres de vítimas de execução na China. As exposições tem suscitado um coro de críticas por todo o mundo.

É também o perfil de um homem moldado por eventos extraordinários, e marcado pela rebeldia e ousadia.

Von Hagens esteve preso dois anos pelas autoridades da Alemanha Oriental por motivos políticos, a sua libertação após pagamento de $ 20.000 pelo governo alemão ocidental. A sua invenção pioneira que pára a decomposição do corpo após a morte e preserva-o para a eternidade, a sua colaboração com os doadores, incluindo o melhor amigo, quis e confiou-lhe o seu corpo para dissecação e exibição pública, e o seu papel como professor de continuar a tradição dos anatomistas da Renascença, torna a sua vida num notável da ciência.

Os espécimes são alvo dos métodos de preservação para impedir a decomposição e permitir a dissecação de “sistemas e estruturas específicas“, o método da “plastinação” resume-se na imersão do espécime ou orgão dissecado «em acetona para evacuar toda a água do corpo» leva um « banho de polímero de silicone, e é «selado numa câmara em vácuo».

Anatomista, inventor do Plastination,  criador da BODY WORLDS—The Original Exhibitions of Real Human Bodies, (baptizado Gunther Gerhard Liebchen) nasceu em 1945,  Alt-Skalden, Posen, Polónia, então parte da Alemanha. Para escapar da ocupação iminente dos russos e eventualmente da sua pátria, os pais colocaram a criança de cinco dias de idade num cesto de roupa, e começou um período de seis meses numa caminhada em transporte de cavalos.


Quando criança, foi-lhe diagnosticado uma desordem rara de sangramento que lhe restringiam as suas actividades e ataques, e exigiram tempo de internamento que, segundo ele, promovia-lhe um sentimento de alienação e de não-conformidade - aos 6 anos, von Hagens quase morreu.

05/01/2010

DIF JUZ


Quando conheci e ouvi os registos que mais tarde tornou-se o som 4AD-Coccteau Twins, as Voix Bulgares,A. R. Kane,This Mortal Coil, Dead Can Dance.... lembro-me de ter descobrir e de comprar este disco na saudosa discoteca Tubitek. Albums que deixaram marcas na adolescência. Os Dif Juz tiveram uma curta carreira 1980/1986, editaram dois EPs, o LP Extractions em 1985 e o mini album Out of the Trees, 1986.
DIF JUZ - Extractions

SIXTH COMM


SIXTH COMM - Content With Blood
LP Eyas Media 1987

Goodbye Rowland S. Howard + Vic Chesnutt


03/01/2010

NICODEMUS

Motociclista americano art rock, Nicodemus produziu um corpo de trabalho em mais de 30 anos de carreira, fez uma série de «private press Lp's» desde os anos 70 que variam intencionalmente de álbum, para album-Acid folk, Biker Rock, Dano e proto-punk.
"Sometimes I Can't Sleep", "They Whisper Here", "One Way", or "When The Daylight Fades To Nothing" são algumas das suas canções, que revelam o seu trabalho.

SAMY BIRNBACH and BENJAMIN LEW


SAMY BIRNBACH & BENJAMIN LEW " When God Was Famous",
Tributo aos poetas - Yeats, Hermann Hesse, Malcolm Lowry, Boris Vian, Apollinaire, Paul Eluard, Thomas Hardy, Kenneth Patchen, Gottfried Benn, Delmore Schwartz, Bob Kaufman, Paul Celan..... musica do vocalista Samy Birnbach e do ambient maestro Benjamin Lew.

Entre 1984 e meados dos anos 90, a serie  MADE TO MEASURE apresentou alguns dos mais fascinantes momentos da da música instrumental .

Made To Measure poderia ser descrito como o equivalente fonético de uma colecção de livros de arte, 35 álbuns saíram, de artistas como Hector Zazou, John Lurie (com as suas bandas sonoras Jim Jarmusch's "Stranger Than Paradise" e "Down By Law"), Fred Frith, Arto Lindsay, Zelwer, Steven Brown, Peter Principle, David Cunningham , Benjamin Lew, Daniel Schell, Aksak Maboul, Minimal Compact , Daniel Schell, Aksak Maboul, Minimal Compact e muito mais.