31/03/2010

HERMAN HESSE

"A vida de todo ser humano é um caminho em direcção a si mesmo, a tentativa de um caminho, o seguir de um simples rastro. Homem algum chegou a ser completamente ele mesmo; mas todos aspiram sê-lo, obscuramente alguns, outros mais claramente, cada qual como pode.

Todos levam consigo, até o fim, viscosidades e cascas de ovo de um mundo primitivo. Há os que não chegam jamais a ser homens, e continuam sendo rãs, esquilos ou formigas. Outros que são homens da cintura para cima e peixes da cintura para baixo. Mas, cada um deles é um impulso em direcção ao ser.

Todos temos origens comuns: as mães; todos proviemos do mesmo abismo, mas cada um - resultado de uma tentativa ou de um impulso inicial - tende a seu próprio fim.

Assim é que podemos entender-nos um aos outros, mas somente a si mesmo pode cada um interpretar-se."

Demian
Hermann Hesse

30/03/2010

As Flores do Mal Charles Baudelaire

Em 1857 é lançado As flores do mal contendo 100 poemas. O livro é acusado no mesmo ano, pelo poder público, de ultrajar a moral pública. Os exemplares são presos, o escritor paga 300 francos e a editora 100, de multa.
As Flores do Mal foi editado em 1857 provocando imediatamente um grande escândalo. Seis poemas do livro foram condenados e proibidos de circular, no dia 20 de Agosto desse ano, pelo tribunal correccional de Paris.

A primeira edição era constituída por 1300 exemplares em papel Angoulème e dez em papel Vergé. Os editores Poulet-Melassis et de Broise tinham no armazém duzentos exemplares aquando da condenação e para não destruírem os livros, limitaram-se a retirar as páginas dos poemas proibidos. Nasceram assim os exemplares amputados que são disputadíssimos pelos bibliófilos, valendo quantias avultadas.

Em 1841 pressionado pela família e pelo padastro, que não admitiam sua independência é obrigado a embarcar num navio com destino a Calcutá. Meses depois decidiu abandonar a viagem na Ilha de Réunion.

Em 1842 retorna a França conhece uma jovem mulata Jeanne Duval no teatro Porte Saint-Antoine, e vive por dois anos entre drogas e álcool na companhia Jeanne.

Morre em 1867, em Paris, e seu corpo está sepultado no Cemitério do Montparnasse, em Paris.

PERSÉPOLIS Marjane Satrapi

A autora iraniana usou como cenários os acontecimentos no seu país natal nos últimos vinte anos. Mas a força desta BD está nas percepções suas e como esses sentimentos são explicados nas páginas. Ganhou ainda animação, mas trata-se de um trabalho cuja força está mesmo na linguagem dos quadrinhos.

29/03/2010

JOHN GREAVES


The Caretaker, 2001, vê John Greaves voltar para o formato canção rock. Marca o regresso ao primeiro plano como cantor, baixista e compositor algo que ele não tinha feito desde Songs, 1996. Depois de alguns projectos paralelos decepcionantes (como crooner no álbum On the Street Where You Live) entregou-de a um forte opus inspirado e influenciado pelo seu trabalho com Peter Blegvad. O cantor / compositor e amigo de longa data contribuiu com duas músicas novas ( "One in the Eye" e "He Puts Us Under")e Greaves adiciona ao seu próprio repertório "In Hell's Despite" de Blegvad com Andy Partridge XTC), num rock que o leva para um lugar diferente da balada folk gravada em Just Woke Up.

The Caretaker, o baixista / pianista / cantor, é acompanhado por François Ovide nas guitarras e Manuel Denizet na bateria- letras satíricas, música simples, mas sempre um pouco "anormal" inquietante, ou mesmo de vanguarda. Greaves é um artista multi-talentoso, conhecido por alguns como o baixista virtuoso de alguns dos grupos mais interessantes e "progressistas" da década de 1970 - Henry Cow, National Health - para outros como um cantor / compositor, e artífice de sofisticadas canções.

Entre 1982-87 grava os álbuns a solo "Accident" e "Parrot Fashions" e participa nos concertos com The Pedestrians (David Thomas, Anton Fier, Richard Thompson), The Penguin Café Orchestra, Peter Gordon, Michael Nyman, Nick Mason e Jack Bruce.

1988 forma com os The Lodge com Peter Blegvad e Anton Fier em Nova York.

28/03/2010

Julian Koster

BRIAN DEWAN

Um talento impressionante independente e original,os caprichos de Brian Dewan combina a tradição com um sentido de humor subversivo nos seus muitos projectos, que incluem (e às vezes combina) de música, arte e "furniture-making". Um residente em Williamsburg, Brooklyn, Dewan as suas execuções valem uma orquestra de instrumentos peculiares, incluindo a harpa, acordeão, Moog e Theremin - assim como guitarra e órgão -, mas o seu instrumento de assinatura é a cítara eléctrica, que ele construiu em 1989 a partir de pedaços de uma guitarra eléctrica e um cravo. Com os seus oito "humbucker pickups" e 88 cordas, assemelha-se a uma "overgrown autoharp", é a chave para a sua aproximação há avant folk-rock.

Dewan tocou com o Blue Man Group, colaborou com artistas tais como the Sixths, Drink Me, Brian Woodbury, Laura Cantrell, e principalmente com o primo Leon Dewan, com quem criou Dewanatron, um projecto que gira em torno da dupla, e de "cabinetry synthesizers" personalizados. Também trabalhou com os seus bons amigos They Might Be Giants, fêz várias turnês com eles, oferecendo obras de arte como os álbuns, Lincoln e a compilação de singles, Miscellaneous T.

Como artista plastico Dewan concebeu para David Byrne "Uh-Oh", Neutral Milk Hotel "In the Aeroplane Over the Sea", e the Music Tapes "First Imaginary Symphony for Nomad".

Ele também fez I-Can-See filmstrips, que satiriza a natureza autoritária de filmes educativos, dando aos seus shows uma dimensão multimedia. Dewan participou em outros projectos e aparições, inclue um tipicamente peculiar comercial para M2 do canal de música MTV- somente, para escrever a música Sesame Street. Escrevia e actuava como membro do excelente Raymond Scott Orchestra.

AMOR E BALAS - CHARLES BRONSON

Pete Kamber aka Sonic Boom

Pete Kamber aka Sonic Boom, Spacemen 3, Spectrum.Sonic Boom vai produzir o proximo album dos MGMT

26/03/2010

dEUS

Estreia surpreendente Worst Case Scenario,dos dEUS em 1994. No álbum tocam jazz, funk, indie, grunge, Frank Zappa samples e influencias de film noir. E contra todas as probabilidades surgiu um álbum que alcançou o status de clássico instantâneo. Permaneceram apenas fora do mainstream durante a sua formação original. A reembalagem envolve mais um cd de rareties, um DVD com performances ao vivo e um livreto concebido pelo guitarrista Rudy Trouve. Uma jóia rara de uma era com a honrosa excepção dos Pixies.

A primeira banda belga indie a assinar com uma editora internacional, Island Records. A improvisação avant grunge dos dEUS era originalmente composto pelo vocalista / guitarrista Tom Barman, o baixista Stef Kamil Carlens, o baterista Julle De Borgher, Klaas Janzoons violinista e o guitarrista Rudy Trouvé. Formados em Antuérpia, em 1991,começou a sua carreira estritamente como uma banda de covers, mas logo começou a apresentar material novo, afiando uma irreverente forma livre nos shows ao vivo, com influências que vão do folk e do punk ao jazz e rock progressivo.

Depois de anunciar planos para produzir os seus próprios filmes pornográficos, emitiram em 1995, My Sister, My Clock.

Os Zita Swoon pré-existem desde 1993, quando o grupo composto por Stef Kamil Carlens o guitarrista e pianista Tom Pintens e o baterista e percussionista Aarich Jespers - primeiro com o nome A Beatband e depois sob a designação Moondog Jr. - iniciam uma carreira musical imparável que dá depois origem aos Zita Swoon.

Carlens saiu para se concentrar no seu projecto paralelo, Moondog Jr. Trouvé logo seguiu o exemplo, canalizando as suas energias no grupo Kiss My Jazz, com o novo guitarrista Craig Ward e o baixista Danny "Cool Rocket" Mommens, voltam ao estúdio em 1997 para In a Bar, Under the Sea. Segui-se The Ideal Crash, em 1999.

Vantage Point é segundo álbum, quando o cantor Tom Barman e o violinista / teclista Klaas Janzoons convocam a banda com uma nova formação em 2005, mas ao contrário de Pocket Revolution,2006 que encontrou o estilo na dupla pop dos Coldplay, este encontra artisticamente o equilibrio nas suas tendências pop experimentais, como o fizeram no período de álbuns como In a Bar, Under the Sea, e The Ideal Crash.

TINTIM

Cerca de 250 raridades relacionadas com a banda desenhada de Tintim, a mais célebre obra do belga Hergé, incluindo desenhos e tiras originais ou primeiras edições, serão leiloadas em Paris a 29 de Maio, anunciou a leiloeira Piasa na quinta-feira.

O denominado “Leilão Hergé”, que licitará peças pertencentes à empresa Moulinsart, que possui os direitos exclusivos sobre a obra do desenhador, pretende “descobrir ou redescobrir peças desconhecidas, esquecidas ou supostamente perdidas e aproximar delas os especialistas e os fãs”.

Entre as obras mais peculiares que serão colocadas à venda, está um número de “Tintim no Congo”, de 1931, assinado pelo autor, e uma edição de “Tintim na América”, de 1947, indicaram os responsáveis pelo leilão.

O dia em que o Batman ganhou ao Super-Homem

Exemplar da edição vendida por 796.566 euros (DR)

Esta semana tem sido de boas notícias para o mundo da banda desenhada.

Tudo porque bateu o homem do planeta Krypton na escala das edições mais caras à venda no mercado dos comics. Nos Estados Unidos, o número 27 da edição Detective Comics (1939), onde o homem morcego aparece pela primeira vez, foi comprado por 1.075.500 dólares (796.566 euros), batendo um exemplar do “número um” do Super-Homem vendido no início da semana por 735.500 euros.

O livro narra a primeira aparição do homem morcego em 1939, no número 27 da edição “Detective Comics”. O livro tinha sido comprado há 40 anos por um coleccionador por 100 dólares (cerca de 74 euros.

Na década de 1930, estas revistas de banda desenhada da Action Comics vendiam-se por 10 cêntimos à unidade (cerca de sete cêntimos do euros actual). A publicação do primeiro número da Action Comics, em Junho de 1038, é considerada o nascimento da banda desenhada de super heróis.

Entrevistas da Paris-Review

Ao contrário do que o título sugere, "The Paris Review" é uma revista literária de Nova Iorque, fundada em 1953 por um grupo de amigos (Harold L. Humes, George Plimpton, William Pène du Bois e outros) que convenceu o príncipe Sadruddin Aga Khan a financiar o projecto. Não cabe aqui fazer a sua história. Foi nas suas páginas que, entre muitos, se estrearam Adrienne Rich, Philip Roth, V. S. Naipaul, Peter Matthiessen, Jeffrey Eugenides e Italo Calvino.

As entrevistas da ''Paris Review'' são o mais extraordinário arquivo do fascínio que uma entrevista literária pode alcançar.

Kerouac não tem telefone em casa. A entrevista (a mais longa do volume) tem de ser marcada com meses de antecedência. Verdade que Kerouac tinha apenas 46 anos e era obrigado a aturar Stella. Kerouac cita Goethe e Dostoievski, precursores, diz ele, de Neal Cassady, o amigo imortalizado como Dean Moriarty, personagem central de "Pela Estrada Fora" (1957).

Aspecto desconcertante é verificar como Kerouac já estava "datado" em 1968: "Allen [Ginsberg] já tinha escrito no jornal que eu não estava a dormir lá porque andava a tentar comê-lo, mas era ele que me andava a tentar comer a mim. Mas naquela altura, de facto, estávamos só a dormir. Depois disso ele arranjou uma almofada..."


Entrevistas da "Paris Review"
Selecção, trad. e notas de Carlos Vaz Marques Tinta da China

Sofia Coppola


O estúdio Summit terá convidado a cineasta Sofia Coppola, para dirigir a adaptação da quarta e última parte da série "Crepúsculo", de acordo com informações do "Entertainment Weekly.

Três anos depois da estreia do seu último filme, "Marie Antoinette", a argumentista e realizadora Sofia Coppola anunciou a sua quarta longa-metragem. Chama-se "Somewhere" e, à semelhança de "Lost in Translation", o filme com que ganhou o Óscar de Melhor Argumento Original em 2004, também será maioritariamente rodado num hotel.

Chateu Marmont, em Los Angeles, foi o hotel que Sofia Coppola escolheu como cenário do filme. É conhecido por ter sido e continuar a ser o refúgio de algumas celebridades problemáticas, como Britney Spears e Jim Morrison, e será igualmente o refúgio da principal personagem do filme, um actor que mantém uma vida de excessos até que a visita inesperada da filha de 11 anos o leva a repensar a sua vida.

25/03/2010

THE WHO

MOONDOG


Uma bela colecção do lendário Moondog a maioria dos quais nunca foi emitido nos E.U.! Esta caixa com disco duplo de luxo, da Alemã Roof Music, contém uma colecção de música gravada a partir de 1977-1999, intitulado The German Years, bem como um segundo disco intitulado The Last Concert, Mimi-Festival 1999. Realizada em 1 de Agosto de 1999, cinco semanas antes da sua morte a 8 de Setembro. O conjunto de características dos 2CD tem material constituído a partir dos últimos 20 anos de vida de Moondog, quando ele residia na Alemanha - além de um disco adicional que apresenta o seu último concerto, aqui apresentado pela primeira vez, nunca! Moondog deixou os E.U. para ir gravar na Alemanha, depois dos seus dois famosos álbuns na Columbia Records no início dos anos 70 - e sua estadia naquele país fez-lhe refinar ainda mais o seu estilo inicial, adaptando-as mais para um conjuntos de outros músicos, e receber o respeito que ele nunca teve nos E.U..

Por quase 50 anos, Moondog (Louis Thomas Hardin, 1916-1999) impressionou e influenciou artistas como Benny Goodman, Leonard Bernstein, The Beatles, Charlie Parker, Igor Stravinsky, Frank Zappa, entre outros.A música de Moondog sempre existiu entre o clássico e o mundo do jazz, sem nunca pertencer a nenhum deles. Compôs mais de 80 sinfonias, numerosas obras de câmara, mais de 300 madrigais, bem como para bandas filarmónicas, orquestras de cordas, e peças de órgãos.

O seu trabalho estende-se de obras minimalistas no início dos anos 50, com arranjos para quarteto de cordas na década de 80, a opulenta produções para orquestra big-band nos anos 90.

As pistas aqui são muitas vezes bastante diferentes, mostram cada vez mais as idéias musicais retrabalhadas de Moondog para um modo de desempenho mais grave no piano, órgão, instrumentos de sopro e voz. Embora as gravações sejam um pouco mais profissionais, ainda há muito do humor e momentos dos seus primeiros registos em solo americano!

SACCHARINE TRUST

Saccharine Trust Paganicons. Bandas como Minutemen, Universal Congress Of, Black Flag
e Saccharine Trust tem raizes e pedaços de progressive rock anos 70, avant-garde jazz, funky, riffs pesados, e vocais no limite.

THE SCENE IS NOW

Pouco antes dos TSIN começarem em Nova York, 1977, a cena rock naquela época foi basicamente centrada em torno de apenas 2 clubes, o CBGB e o Max's Kansas City, e este tipo de constelações de bandas como Television, Ramones, Blondie, Talking Heads, Richard Hell, e alguns desses grupos foram se tornando bem conhecidos e começaram a fazer a tournées fora da cidade. Como uma espécie de reacção a essa onda de bandas punk e New Wave, surgiram várias que foram chamados de bandas No Wave - DNA, The Contortions, Teenage Jesus and the Jerks, e muitos outros. Durante este periodo Chris Nelson e Phil Dray tocaram numa banda chamada de Information com Rick Brown (mais tarde formou os Run On).

O grupo original formado em 1982 consistia de Chris Nelson, Phil Dray, Dick Champ (de uma banda de Minneapolis famosa chamado NNB) e Jeff McGovern, que tocou bateria com os Mofungo.Sempre foram um grupo que se situa entre o que as pessoas pensam como New Music e o que pode ser considerado pop.

Nós não somos suficiente "new" ou o suficiente atonal para ser considerado vanguarda. Nem temos o talento comercial suficiente para ser visto como um grupo pop "regular". Embora para os meus ouvidos, pelo menos as músicas musicalmente soam frequentemente muito simples, mas os críticos têm invariavelmente descrito como estranhos ou "outer space" ou qualquer coisa assim, descreveu Phil Dray.

Chris e Phil conheceram-se no colégio, em 1966, e apesar de nem sempre se darem bem,e das muitas pessoas que já colaborou com eles, musicalmente dão-se muito bem, tão fora do espírito de desafio mais do tipo informal,que faz com que o grupo nunca tenha quebrado.

"Podemos estar inactivos por longos períodos de tempo, mas nunca desistimos do fantasma inteiramente", refere Phil Dray.

O primeiro LP, Burn All Your Records(incluí "Yellow Sarong", o seu mais conhecido tema, graças a posterior cover dos Yo La Tengo, do album "Fakebook" ). Um crítico descreveu todos os seus registos como "Dadaesque", e dado o carácter lúdico de muitos dos pioneiros da Dada, isto é particularmente apropriado há variedade de diferentes instrumentos, juntamente com o tradicional bateria/ guitarra/baixo.

Elliott Sharp entrou como produtor e co-saxofonista tempo para Total Jive, 1986, o segundo disco. Pere Ubu baixista Tony Maimone e ex-dBs Will Rigby alistaram-se ao grupo em 1988 para Tonight We Ride,que inclui a atmosférica "Dinah Shore" e o desenvolto "Moonlight Broil".

23/03/2010

Funny or Die’s Trailer for Weird: The Al Yankovic Story



O recém-lançado trailer de Funny or Die, encontramos uma tonelada de cerebros de merda scenesters comédy que se reuniram para contar a história de "Weird Al Yankovic. É a história falsa que nunca foi dito ... até agora.

Alfred Matthew Yankovic (nascido em 23 de Outubro de 1959), mais conhecido como "Weird Al" Yankovic, é um músico com diversas premiações Grammys, humorista, parodista, acordeonista, e produtor de televisão. É conhecido peas suas músicas satirizando a cultura popular e paródias de músicas contemporâneas. Os seus trabalhos renderam-lhe três discos de ouro e cinco de platina nos Estados Unidos.

Depois de escutar o programa de rádio "Dr. Demento" (um programa de comédia, com músicas humorísticas), Yankovic mandou para o "Doutor" uma fita de cassete contendo uma música intitulada "Belvedere Cruisin'", falava sobre o automóvel da sua família (um Plymouth Belvedere), em 1976. Outra música, contida na fita, que nunca foi para o ar, intitulava-se "Dr. D Superstar", era uma parodia de "Jesus Christ Superstar".

Produziu outra música chamada "Another One Rides the Bus", paródia do sucesso dos Queen, "Another One Bites the Dust". Enquanto ensaiava a música fora do estúdio, o baterista Jon "Bermuda" Schwartz veio e lhe disse que era baterista e gostaria de usar a caixa do acordeão do Yankovic. Tocarem ao vivo no programa do Doutor Demento. "Another One Rides the Bus" tornou-se tão popular que fez Yankovic aparecer pela primeira vez na televisão, no The Tomorrow Show, com Tom Snyder.

O empresário Jay Levey, virou o empresário de Yankovic. Levey insistiu que tivesse uma banda para o acompanhar. Steve Jay tornou-se baixista, Jim West o guitarrista. Com Schwartz nas baterias, a banda estava completa. Em 1991, Rubén Valtierra junta-se nos teclados, para deixar Yankovic mais concentrado nos concertos.

Em 1985, Yankovic co-escreveu e estreou-se num documentário sobre sua própria vida, chamadoThe Compleat Al que misturava fatos e ficção sobre sua vida até o momento. O filme teve como co-diretor Jay Levey, que seria o diretor de UHF quatro anos depois.

SYD BARRETT

Na série de DVDs de música da Slam Dunk Media, predomina títulos completos com todos os s com uma diferença - odos os custam apenas £ 5,99.
A primeira é Syd Barrett Story, reúne todos os principais intervenientes na sua vida, acrescenta algumas cenas do período mais interessante, e um show - para os fãs de Syd .

MIKE PATTON


"Mondo Cane" é o regresso aos discos de Mike Paton

22/03/2010

Camberwell Now

Camberwell Now "The Ghost Trade ", 1986

FRANK ZAPPA AND THE MOTHERS OF INVENTION

FRANK ZAPPA AND THE MOTHERS OF INVENTION - WEASELS RIPPED MY FLESH (1970)

ROOT DAMAGE - colectanea blues

Root Damage - Various Artists, 2003

O melhor do blues / roots / Americana, artistas da editora Sympathy For The Record Industry, o bastião do garage. Dois discos, 49 artistas saídos da indústria fonográfica dos blues, entre 1989 e 2003 que vão da fé do sul de RL Burnside, Junior Kimbrough, e Davis Cedell ao punk-blues clássico dos Gun Club, '68 Comeback, e Panther Burns, ao blues britânico de Billy Childish, Holly Golightly, e Dan Melchior, ao country blues the Reigning Sound, Mark Spitz Freestyle, e Monsieur Jeffrey ao punk-blues moderno dos Soledad Brothers, Mr. Airplane Man, e Pearlene.

Georgia Women - R.L. Burnside
Length of Pipe - Dan Melchior/Billy Childish
Hot Dog - South Filthy
Dark Haired Girl - Chris Wilson
Shakey Puddin' - Soledad Brothers
Rock 'n' Roll Nurse - The Compulsive Gamblers/Jack Yarber
Sun Sinking Low - Mr. Airplane Man
Lightning Bar Blues - Junkyard Dogs
You Ain't Never Gonna Live - T. Tex Edwards
Hoopin' and Hollerin' - Elmo Williams
Blackish Man - Speedball Baby
Three Shiny Nails - Mark Spitz Freestyle
As Long - The Reigning Sound
Needless - The Kirby Grips
Kitchen Girl - Earl Lee Grace
Man and a Woman - Cool Jerks
Preaching the Blues - Gun Club
Love Undone - The Deadly Snakes
I'm Too Old for You - Jack Oblivian & Impala
Anyway You Like It - Holly Golightly
Black Girl - The Blackhands
You're Gonna Find Your Mistake - Junior Kimbrough
Otto Wood - Jeffrey Evans
Keep on Snatchin' It Back - CeDell Davis
Watching My Baby Get Ready - Greg Oblivian & The Tip Tops
Intro/Kiss and Kill - Joe Coleman/Je & Ill
Handbog Blues - Oddball's Band
Best Liquor Store - Interstate Leisure Kings
Harpoon Man - Bigfoot Chester
Morning Gown - T-Model Ford
Daddy Log's - Bob Log III
Bank, Gun, Jail - Tearjerkers
Take Me Dancin' - Darlin's
Harry's Flat - Wreckless Eric
Two Thieves - Greg Cartwright/The Compulsive Gamblers
I'll Follow Her Down - Dan Melchior/Holly Golightly
Goodbye Johnny - Jeffrey Lee Pierce
Memphis Chicken - The Gibson Bros.
Old Slew Foot - The Revelators/Walter Daniels
Fun Mob - Panther Burns
She's a Dog - The Geraldine Fibbers
Shooting Stars - Lisa Marr Experiment
Liza Jane - Robert Cage
'68 - '68 Comeback
Our Good Man - Workdogs
Alabama - Frank Roach
Laughing to Keep From Crying - Dan Melchior
Burying Ground - Pearlene

21/03/2010

TERRY RICHARDSON


Terry nasceu em Nova Iorque em 1965, filho do famoso fotógrafo de moda dos anos 60, Bob Richardson, e da produtora de moda Norma Kessler (aka Annie Lomax).Aos cinco anos Terry, e a família regressa a Nova Iorque. O pai inicia, pouco tempo depois, uma relação com a então modelo Angelica Houston (23 anos mais nova), e a mãe envolve-se com Jimmy Hendrix e mais tarde com Kris Kristoferson, até se mudarem para Woodstock. “Lembro-me de estar com todas estas pessoas nos estúdios - Rick Danko e a sua banda e o Bob Dylan. Era fixe porque nas festas andava toda a gente completamente fora com drogas e álcool, e nós as crianças andávamos por ali até às tantas. Lembro-me de curtir com a Maria Muldaur, filha do Jimmy Hendrix.” E assim cresceu Terry Richardson.

o trabalho de Richardson em revistas como a Vogue, i-D, GQ, Harper’s Bazaar e Purple. A 37ª edição do calendário Pirelli foi dirigida e fotografada por Richardson. Nas 30 imagens alusivas aos meses de 2010, Terry Richardson retrata um regresso a um Eros puro e jocoso, um regresso às atmosferas naturais e autênticas dos anos 60 e 70 do século passado. É uma clara homenagem às origens do calendário, um regresso às primeiras edições de Robert Freeman (1964), Brian Duffy (1965) e Harry Peccinotti (1968 e 1969).

Há quem o defina como o criador da estética underage retro porn, tão bem plagiada e utilizada por Dov Charney, o chefe da American Apparel. Outra das marcas de Terry é a sua própria figura, inspirada nas estrelas porno dos anos 70: óculos escuros de massa à geek, camisa de xadrez em versão vermelho/preto ou azul/preto, braços tatuados e bigode. Foi assim que a Uncle York, fabricante de bonecos, em parceria com as lojas Tokyo Element e Collete, lançou no ano passado o boneco/caricatura do fotógrafo.

A revolução das campanhas da Sisley, a censurada campanha de Tom Ford, Batman & Robin, e o projecto Mom fazem parte da lista interminável de imagens que têm marcado a história da arte dos nossos dias. É, por isso redutor chamar fotógrafo de moda a Terry Richardson. Ele é um dos mais conceituados fotógrafos dentro da estética snapshot - movimento cujas fotografias captam imagens banais do dia-a-dia, não encenadas, e que teve origem nos EUA durante os anos 60 - e inspiram-no alguns dos melhores representantes dessa mesma estética, como a fotógrafa Nan Goldin e o realizador Larry Clark (Kids, Ken Park).

As suas fotografias são normalmente sobre assuntos pessoais e frequentemente de cariz sexual. Ao longo dos anos, passou a dedicar mais tempo ao trabalho fora do contexto da moda. Tornou-se mais hardcore e mais descritivo da sua própria vida sexual. “Eu gosto de pôr imagens de sexo em revistas mainstream, que não sejam revistas porno. Nas revistas porno, vais ver penetração e pessoas a foder e a foder, mas parece tudo o mesmo ao fim de algum tempo”. Segundo Terry, uma das vantagens da profissão que tem é que consegue manter mais relações sexuais e fazer disso trabalho. Talvez por isso ele seja o fotógrafo que mais se fotografa, quer sozinho quer com os modelos que contrata.

Desde o natal de 2009 Terry actualiza diariamente o seu fotoblog.

14/03/2010

THE WILDE FLOWERS


The Wilde Flowers
Same
1994 Voiceprint

Richard Sinclair (Gtr, Vo), Brian Hopper (Gtr, Sax, Vo), Hugh Hopper (Bass), Robert Wyatt (Drs, Vo), Kevin Ayers (Vo), Graham Flight (Vo), Richard Coughlan (Drs), Pye Hastings (Gtr, Vo), Mike Ratledge (Fl, Key)

13/03/2010

PIERO PAOLO PASOLINI

O manuscrito de 78 páginas que apareceu há dias em Itália constitui, segundo tudo indica, um capítulo inédito do romance póstumo de Pier Paolo Pasolini, "Petróleo", no qual o escritor e cineasta andava a trabalhar quando foi assassinado, em 1975, e que só veio a ser publicado em 1992. O homem que o detinha e que agora revelou a sua existência, Marcello Dell'Utri, foi durante muito tempo o braço-direito do actual primeiro-ministro Silvio Berlusconi e enfrenta neste momento uma pena de nove anos de cadeia por apoio à Mafia. Dell'Utri diz que o texto é "inquietante para a ENI [a recém-privatizada petrolífera italiana]" e para a história italiana recente.

O documento deverá ser publicamente apresentado na abertura da XXI Mostra do Livro Antigo de Milão, este ano dedicada a Pasolini, apesar do apelo lançado por um amigo do autor, Gianni D'Ellia, que defende que o Estado deve tomar posse do manuscrito, uma vez que não parecem restar dúvidas de que foi roubado no assalto efectuado à casa de Pasolini logo após a sua morte. D'Ellia recorda ainda que, na sequência das declarações feitas em 2005 pelo assassino confesso de Pasolini, Giuseppe Pelosi, a investigação do seu homícídio foi reaberta. Pelosi, que tinha 17 anos quando cometeu o crime, veio dizer, 30 anos mais tarde, que este lhe fora encomendado por três homens com sotaque do Sul que chamaram a Pasolini "porco comunista".

Como Pasolini andava a investigar as relações perigosas entre a política, os negócios e o mundo do crime organizado, foi muitas vezes aventada a hipótese de que teria sido morto para não divulgar o que sabia. Dois dos protagonistas de "Petróleo" são Enrico Mattei e Eugenio Cefis, ambos ligados à ENI.

 in Publico

SONAR 2010

O festival de Música Avançada e de Arte Multimédia, por que é também conhecido o Sónar, estreou-se em 1994 e tornou-se rapidamente num evento de referência para todos os apreciadores da electrónica mais arrojada.

Pela primeira vez, reparte-se entre as cidades de Barcelona (a sede de sempre), na Catalunha, e Corunha na Galiza.

O festival decorre entre os dias 17 e 19 de Junho. Além de Barcelona e Corunha, também as cidades de Girona e Reus (ambas na Catalunha) acolhem alguns dos eventos do Sónar 2010.

Air, LCD Soundsystem, Plastikman, Jónsi, Dizzee Rascal, Hot Chip, Fuck Buttons, Broadcast, Matthew Herbert's One Club, Flying Lotus,.... fazem parte do alinhamento

O passe de três dias e duas noites custa 155 euros. O bilhete de duas noites tem o preço de 100 euros. E os bilhetes diários custam 39 euros.

KEITH HARING (1958-1990)


‘I really prefer if the work speaks for itself: I try to make
images that are universally ’readable’ and self-explanatory...’

Keith Haring nasceu em 4 de Maio de 1958 em Reading, Pensilvânia. Haring foi inspirado por artistas como Pierre Alechinsky, Jean Dubuffet, Brion Gysin,.. etc

"For Keith Haring, painting was a crucible" um local de transformação, de nascimento e morte, um lugar onde os objectos, linhas, cores, cenas emocionantes do desejo e o drama colectivo, e as formas foram transformadas a fim de experimentar uma tempestade pessoal e social.

Apesar de se ter treinado formalmente como um artista, Haring virou as costas para as técnicas tradicionais, e filiou-se, juntamente com Basquiat, na arte do graffiti.

A exuberância dos seus espectáculos revelam um certo espírito situacionista, que o levou a dar sem querer receber. Atraiu milhares de imagens e histórias em metros, e fez centenas de pinturas em Nova York, Chicago, Pisa, Sydney, Berlim, Tama City, Atlanta, Barcelona - nas paredes de escolas, hospitais e prédios abandonados - sem receber pagamento em dinheiro.

Os impulsos eróticos e místicos, desafiaram o sistema codificado e elitista da arte, partir da energia ilimitada dos gestos e movimentos exteriorizados em muros da cidade, que alteraram a paisagem urbana e a vitalidade da decoração quotidiana de Nova York, bem como sobre os corpos ágeis de artistas, de Grace Jones a Bill T Jones.

Haring introduziu um turbilhão de desordem transbordando-a num cruzamento bizarro de animais, seres humanos, gigantes e monstros copulando, cópias de estátuas famosas, como
David de Michelangelo, e Vênus de Milo, assim como cópias do grego arcaico e ânforas egípcias, retratou cenas infernais, em que o herói, negro e homossexual sofre a tortura ou submete-se aos delírios de uma sociedade possuída pelo demónio do dinheiro e do consumo da televisão.

Haring desenhou para livros infantis, e continuou a pintar, talvez, onde não devia, em espaços públicos e sobre o corpo. As suas pinturas eliminaram as distinções entre brancos e negros, heterossexuais e homossexuais, humana e animal, natural e artificial, dissolveu a fronteira entre a arte e a
cultura popular,e entre a galeria e a rua.

"Acima de tudo, o gesto directo e o fascínio com o live action estavam ligados a Haring, as primeiras experiências como um vídeo ao vivo e a performance teatral: de 1978 a 1980, estudou na New York's School of Visual Arts e realizou performances no Clube 57, identificado fisicamente com sua linguagem.

Haring andou de frente com a realidade através da distribuição de vinte mil cartazes para um comício anti-nuclear em 1982 e para uma campanha " Free África do Sul " em 1985. Participou também na "Arte Contra a SIDA", uma pintura mural, Together We Can Stop AIDS, em Barcelona, e criou um de-obra local em 1985 o "Live Aid", show que beneficiou a African Famine Relief. Ao mesmo tempo, Haring envolvido no sistema aberto do mundo, concentrou-se no presente, não um plano de futuro ou utopia, e abriu a Pop Shop, em Nova York e Tóquio. Em 1984, colaborou com uma variedade de estrelas do cinema, arte, moda, dança e videomusic, incluindo Brooke Shields, Andy Warhol, Jenny Holzer, Bill T Jones, Grace Jones, e Madonna.

Haring forneceu uma imagem suficientemente clara de si através da repetição de diversos ícones que circularam na mídia de massas: a criança radiante, o cachorro latindo, o golfinho, a mulher grávida, o disco voador, Debbie Dick, a pirâmide, e assim por diante. Cada um se tornou num logótipo, um título, um slogan ( " Crack is Wack, "). Aqui, a arte foi perdida, transformando-se numa outra coisa através de trânsito - Arte em Trânsito.

Em 1988, Haring foi diagnosticado com AIDS, e estabeleceu a fundaçâo Keith Haring para fornecer alguma financiamento e imagens para organizações de SIDA e programas para crianças.

Não é por acaso que muitas das obras de Haring evocam a iconografia de uma reacção atómica e o espelho / tela de um televisor, cuja neutralidade torce e distorce o mundo.

Haring, como Andy Warhol, moviam-se pela mídia como um peixe na água.

12/03/2010

SOFT MACHINE

Soft Machine "Live at Henie Onstad Arts Centre 1971" CD / CD-ROM
Reel Recordings 2009.

As gravações dos Soft Machine continuam tão gratificantes e inspiradoras hoje como no momento da sua realização, qualifica os grupos de estatura internacional, como a mais expressiva e inteligente da época do rock progressivo. Nasceu no meio da Beat Generation & Beat Music, sacrificados no cliché jazz-fusão, manifesto de música do clássico quarteto-teclista Mike Ratledge, saxofonista Elton Dean (1945-2005)baixista Hugh Hopper (1945-2009) e do baterista Robert Wyatt, génio inconstante. Também em Henie Onstad ficou marcado pela própria Art Exhibition do amigo Mark Boyle,(1926-2005), que projectou os seu filmes sensoriais durante o concerto, e arquivado com segurança até o Henie Onstad Art Centre de Oslo, Norway, e os músicos, concederem á Reel Recordings a honra de apresentar esta magnífica gravação em dois CDs.

Michael Ratledge: organ, electric piano
Elton Dean: alto saxophone, saxello, electric piano
Hugh Hopper: bass guitar, Duo-Fuzz pedal
Robert Wyatt: drums, cow bell, voice.

ART BEARS SONGBOOK


Trinta anos depois, Art Bears. A seminal 'diminutiva discografia' é considerada altamente influente e faz parte do movimento avant-prog/RIO. Uma série de pequenas ocorrências independentes, incluindo o 30 º aniversário da formação do grupo e do 25 º aniversário da FIMAV cria um acaso muito feliz - Art Bears Songbook.

Ao invés de uma reunião (Dagmar Krause não estava disponível- quando tocou e encantou no Porto, eu perguntei-lhe se alguma vez teríamos novamente a formação original dos Art Bears- resposta, com o Fred Frith será muito dificel), o que implica a replicação da música para os baby boomers nostálgicos.

Frith e Cutler decidiu reexaminar o repertório do trio e ampliado refazer-lo para um grupo completamente modernista que incluí três dos quatro Cosa Brava, a banda de Frith -keyboardist/accordionist Zeena Parkins, violinista e cantora Carla Kihlstedt e o sonic manipulator, The Norman Conquest, juntamente com as cantoras Jewlia Eisenberg e Kristin Slipp.

O resultado foi um desempenho que soou verdadeiro ao espírito dos Art Bears, mas evita o excesso de reverência. A profundidade emocional do poderoso material (e as suas mais uma vez letras em causa) as harmonias e a interacção das três vozes entre Eisenberg, Slipp e Kihlstedt não foi apenas recebido com entusiasmo pela festa no FIMV, que foi tão convincente que alguns foram literalmente às lágrimas.

Festival International Musique Actuelle Victoriaville: 19 Maio, 2008