31/12/2010

NEW WAVE SYNTH- PUNK BANDS

SF-LA new wave synth-punk bands 1976-1980 (TSP radio 29/05/09)
May 29, 2009

1. Units, ‘Bug Boy’ (1980)
2. Tuxedomoon, ‘Joe Boy The Electronic Ghost’
3. Chrome, ‘All Data Lost’
4. Screamers, ‘Need a head-on’ (1977 or 1978)
5. Units, ‘Cannibals’ (1979)
6. Tuxedomoon, ‘Nervous Guy’
7. Units, ‘Bird River’ (1978)
8. The Residents, ‘Home Age Conversation’
9. Tuxedomoon. ‘(Special Investment For) The Family Man’
10. Units, ‘i Night’ (1980)
11. Screamers, ‘Magazine Love’
12. Screamers, ‘Government Love Affair (Don’t Pay The Whore)’
13. Screamers, ‘I Wanna Hurt’
14. The Residents, ‘Sinister Exaggerator’
15. Chrome, ‘Nova Feedback’
16. Units, ‘Contemporary Emotions’ (1978)
17. Screamers, ‘I’m a Mensch’
18. The Residents, ‘Melon Collie Lassie’
19. Units, ‘Warm Moving Bodies’ (1980)
20. Chrome, ‘Pharoah Chromium’
21. Tuxedomoon, ‘Pinheads on the Move’
22. The Residents, ‘Krafty Cheese’
23. Units, ‘Go’ (1980)
24. Tuxedomoon, ‘Midnite Stroll’
25. The Residents, ‘Walter Westinghouse’

3, 15, 20 from Alien Soundtracks, original issue USA SIREN RECORDS DE 2100 SEC (1977)

8, 18, 25 from Fingerprince (1976), TORSO CD 407

1, 5, 7, 10, 16, 19, 23 from History of The Units, USA COMMUNITY LIBRARY CL16 CD (2007)

4, 11-13, 17 from In a Better World, USA XEROID RECORDS XER001 / EXTRAVERTIGO RECORDINGS EXTR009 2 x CD. 11-13 were recorded Live at The Whisky 1978.

14, 22 from Duck Stab (1977), TORSO CD 406

2 and 21 are A-side and B-side of first Tuxedomoon single. Original issue USA TIME RELEASE RECORDS TR-101 7” SINGLE (1979)

6, 9, 24 from Scream With A View EP, original issue PRE RECORDS PRE 7 12 (1979)

HAPPY NEW YEAR 2011

Feliz Ano Novo
Glückliches Neues Jahr
Nytar
Feliz Año Nuevo
Felicigan Novan Jaron
Heureuse Nouvelle Année
Feliz Aninovo
Shaná Tová
Happy New Year
Felice Nuovo Anno
Akemashite Omedetou Gozaimasu

Feliz daquele que desfruta agradavelmente da sociedade! Mais feliz é quem não faz caso dela e a evita!
Voltaire

Desisti de ser feliz. Agora sinto-me muito menos infeliz.

XTC

XTC - UPSY DAISY ASSORTMENT, 1997. Desde meados de Junho de 1997, tem sido citados como um modelo de chave musical para muitos dos actuais mais conhecidos grupos de rock moderno. As razões para isso são amplamente exibidas em Upsy Daisy Assortment (The Sweetest Hits) (Geffen Records), uma colecção das músicas mais populares desta lendária banda Inglêsa.

Apresentando músicas de Skylarking (1986), Oranges and Lemons (1989) e Nonsuch (1992), tem canções que estão mo primeiro hit da banda nos EUA- "Making Plans for Nigel"; "Generals & Majors"; the U.K. chart-climber "Senses Working Overtime"; the controversial "Dear God"; "The Mayor of Simpleton" (a No. 1 Modern Rock hit); "King for a Day"; e o No. 1, "The Ballad of Peter Pumpkinhead."

XTC foi formado na cidade industrial de Swindon, em Wiltshire norte, na Inglaterra, onde a banda ainda se baseia. O quarteto original Partridge, Moulding, keyboardist Barry Andrews e o baterista Terry Chambers tomaram Londres de assalto em 1977, durante o auge da explosão do punk. Alegaram um público e críticos ferrenhos impressionado com o humor, inteligência e vitalidade subjacentes com os seus ritmos inovadores e melódicos. Em 1978, álbum de estréia, XTC, White Music - um clássico do pop punk.

Em 1979, Andrews deixou a banda e foi substituído pelo colega e nativo de Wiltshire, o guitarrista Dave Gregory. XTC altamente influentes, em seguida lançam o primeiro álbum de sucesso do Reino Unido,Drums and Wires.

CHET BAKER

Será que Chet Baker pode ser considerado como parte importante da história da música popular brasileira – afinal, influenciar João Gilberto não é para qualquer um.Em 1985 continuava envolvido nas amarguras que marcaram a sua vida. Esteve prestes a tocar no Brasil pela primeira vez, para se apresentar no Free Jazz Festival. Fez um show que atraiu músicos famosos, dividiu opiniões e foi marcado por contratempos de backstage, com o trompetista fazendo de tudo para fugir das drogas sendo apresentado por amigos ocasionais, à cocaína nos morros cariocas – dizem que quase teve uma overdose na casa de um músico famoso, que o meteu num banho gelado..... Os problemas pessoais de Baker batem na tristeza com que sopra o seu instrumento.

30/12/2010

A LEI FRANCESA CONTRA OS DOWNLOADS

A lei anti-pirataria é um dos principais projectos do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e conta com um forte apoio da sua mulher, Carla Bruni-Sarkozy, que é cantora.

O sistema francês de policiamento da Internet, que é conhecido pela sua sigla Hadopi – os críticos chamam-lhe “Big Brother” – investiga incidentes relatados pelas empresas do sector, obtém dados relativos aos downloads dos internautas das empresas que fornecem serviços de Internet e envia depois avisos por e-mail e carta.

Quem repita o download ilegal de música ou filmes poderá ter uma suspensão de um mês no acesso à Internet (para os acusados de contrafacção é prevista uma pena de multa e corte da internet durante um ano).

Desde Outubro que foram já enviados pelo menos 100 mil e-mails de aviso, diz a jornalista do "Guardian" Angelique Chrisafis. Séries norte-americanas como Anatomia de Grey e House estarão entre o material mais popular para download ilegal em França.

Em vários casos, os internautas respondem aos e-mails da Hadopi, conta o "Guardian". Um diz que ficou viciado numa série, que seguiu toda a temporada. “Por favor deixem-me fazer download só do último episódio”, pediu, prometendo que não voltaria a descarregar ilegalmente ficheiros de séries. Mas na verdade, este internauta tinha sido apanhado a descarregar música ilegalmente.

Uma mulher queixou-se de ter sido levada a fazer download de músicas do antigo tenista-agora-cantor Yannick Noah. “Detesto esse cantor. Quando jogava ténis gostava dele, mas a música dele irrita-me”. Os ficheiros foram descarregados, argumentou esta internauta, por engano, quando carregou num anúncio a piscar no seu ecrã sem se aperceber.

A esquerda francesa criticou a lei não só por ser contra as liberdades civis mas também por ser pouco eficaz, já que atinge os programas de partilha de ficheiros (os chamados peer-to-peer), mas não downloads directos de um site.

LOUISA MAY ALCOTT

Little Women é um livro de inspiração autobiográfica de Louisa May Alcott publicado em 1868. Conta a história de quatro irmãs crescendo entre 1861 e 1865, durante a Guerra Civil Americana. Teve uma seqüência chamada "Good Wives" em 1869.

Foi transformado em filme em 1994, o qual foi dirigido por Gillian Armstrong.

Título originaL:Little Women (As Mulherzinhas)
Ano: 1994
Realizador/Director: Gillian Amstrong
Intérpretes: Winona Ryder; Susan Sarandon; Trini
Alvarado; Claire Danes; Kirsten Dunst; Samantha MathiS

THE BEST 2010 do PUBLICO - Os discos jazz de 2010

As escolhas de Nuno Catarino e Rodrigo Amado

1. Camera Obscura, de Sara Serpa/Ran Blake
Inner Circle

Sara Serpa é a grande figura do jazz nacional de 2010: não só pelo excelente "Camera Obscura", gravado em duo com Ran Blake, mas também por todo o seu percurso mais recente, do ambiente académico de Boston ao hiper-competitivo meio do jazz nova-iorquino.

2. The Horse Jumps and The Shipp is Gone, de Vandermark 5
Not Two

Gravado ao vivo no clube Green Mill de Chicago, este novo registo do saxofonista Ken Vandermark é uma bomba! O saxofonista pega na sua mais celebrada formação, os Vandermark 5, e junta-lhes dois convidados de excepção; o trompetista Magnus Broo e o pianista Havard Wiik. Um equilíbrio notável entre forma e improvisação e uma atitude "take-no-prisoners" dá origem a uma música orgânica, visceral e urgente. Registo internacional do ano. R.A.

3. All is Gladness in the Kingdom, de Fight the Big Bull
Clean Feed

O decateto americano conta aqui com a participação do trompetista Steven Bernstein e elabora um dos mais originais discos dos últimos anos. Assente numa forte vertente composicional, a música abre alas à inspiração dos instrumentistas, sempre direccionados por um permanente sentido colectivo. Com o auxílio de Bernstein o colectivo dá mais um grande passo em frente. N.C.

4. Betweenwhile, de Mike Pride's From Bacteria to Boys
Aum Fidelity

Mike Pride é, há muito, um subversivo agitador do jazz nova-iorquino. Em "Betweenwhile" reúne um quarteto explosivo que opera entre o passado e o futuro do jazz, como se de um jogo se tratasse. A seu lado, Peter Bitenc, Alexis Marcelo e o saxofonista Darius Jones, uma das grandes revelações dos últimos anos. Fogo, elegância e contenção, num registo descrito com jazz de vanguarda soul. R.A.

5. Red Trio, de Red Trio
Clean Feed

Revelaram-se em disco, mas não só. Para o Red Trio - Rodrigo Pinheiro (piano), Hernâni Faustino (contrabaixo) e Gabriel Ferrandini (bateria) - 2010 foi um ano imparável: aclamação internacional, concertos em grandes salas (nacionais e internacionais) e colaborações com convidados de peso (como John Butcher ou Nate Wooley). Improvisando na constante busca de formas sonoras imprevisíveis, o trio encarnado desenvolve uma música única. Que o futuro seja deles. N.C.

6. Throat, de Little Women
Aum Fidelity

Jazz com espírito punk, free com disciplina prog. Os Little Women - quarteto de Darius Jones, Travis Laplante, Andrew Smiley e Jason Nazary - apresentam um dos mais inclassificáveis discos que o ano viu nascer, um disco que vira o jazz de pernas para o ar, que mostra uma música barulhenta e irresistível, que explora os limites, que se materializa em múltiplas explosões de energia. N.C.

7. Never Stop, de The Bad Plus
E1

O irreverente trio de Ethan Iverson, Reid Anderson e David King confirma finalmente aquilo que já muitos desconfiavam: estes moços não são apenas capazes de boas (e divertidas) versões de temas rock
pop, são também capazes de fazer uma música intensíssima, enérgica e original, que não deve nada a ninguém. Este é o primeiro disco que não inclui temas alheios e ao que parece estes já não fazem falta
nenhuma.N.C.

8. Dual Identity, de Rudresh Mahanthappa and Steve Lehman
Clean Feed

Dois saxofonistas, virtuosos e inovadores, tentam desvendar os códigos do futuro do jazz. Com uma abordagem altamente pessoal e acompanhados por três grandes músicos - Liberty Ellman, Matt Brewer e Damion Reid - destilam um jazz intenso, angular e complexo, e constroem uma entidade musical abstracta que se apresenta como o paradigma do jazz moderno. R.A.

9. Scenes in the House of Music, de Parker/Guy/Lytton + Peter Evans
Clean Feed

Constituindo um dos mais celebrados trios do jazz improvisado europeu, Evan Parker, Barry Guy e Paul Lytton são três gigantes que garantiram há muito um lugar de destaque na história do jazz moderno. Neste disco, registo de um concerto memorável na Casa da Música, convidam o extraordinário trompetista Peter Evans e formam um quadrado perfeito, impressionista e caleidoscópico. Aquilo que mais se aproxima de uma pura magia sonora. R.A.

10. This Brings Us To Vol.2, de Henry Threadgill Zooid
Pi

A aventura criativa de Threadgill continua. Com Zooid, o seu notável projecto para o novo século, realiza explorações de timbre, estrutura e instrumentação. No seu universo, o de um verdadeiro músico dos músicos, nada é o que parece. Em múltiplos planos de percepção, cruzam-se jazz de vanguarda, blues, música contemporânea, jazz latino e muita improvisação, estruturada e consistente como poucas. R.A.

11. Lost in a Dream, de Paul Motian Trio
ECM

Mais do que a enorme vitalidade de Motian, mestre do drumming mundial, a grande surpresa de "Lost in a Dream" vem de Jason Moran - mais contido, com um toque europeu que lhe assenta como uma luva - e acima de tudo, de Chris Potter, que aqui utiliza uma subtileza e suavidade tímbrica que raramente lhe é ouvida. Um trio clássico num registo poético e lírico.R.A.

12. Lisbon Underground Music Ensemble, de LUME
JACC

A "big band" dirigida por Marco Barroso chega finalmente ao disco e confirma aquilo que muitos já conheciam das actuações ao vivo da banda: jazz multi-referencial, temas que atravessam décadas da história em poucos minutos, de Ellington a Sun Ra à velocidade da luz. Um brilhante projecto nacional que não pára de surpreender e merecerá todo o reconhecimento (aqui e lá fora). NC

13. Solo, de Vijay Iyer
Act

O pianista aventura-se a solo e o resultado já não surpreende ninguém. Trabalhando uma selecção de standards como "Darn That Dream" e clássicos de Monk ("Epistrophy") e Ellington ("Fleurette Africaine"), Vijay passa também por "Human Nature" (belíssimo tema de Michael Jackson). Em qualquer desses ambientes, o pianista nunca abandona o seu típico registo, sóbrio e metódico, inteligente no desenvolvimento dos temas, criativo e elegante. N.C.

14. 5000 Poems, de Steve Swell Slammin' The Infinite
Not Two

Nome incontornável do jazz de vanguarda norte-americano e um dos maiores trombonistas da actualidade, Steve Swell já não gravava um disco assim há muito tempo. Em "5000 Poems", com um quinteto bem calibrado, surpreende tudo e todos com um registo vibrante, pleno de inspiração e poder, na linha dos grandes clássicos free dos anos 60 e 70. Composições brilhantes e discursos solistas de cortar a respiração. R.A.

15. Mongrel, de Mário Laginha Trio
ONC

Cada vez mais focado no seu próprio universo, Mário Laginha continua a seguir a sua estrela aventurando-se em projectos de alto risco. Em "Mongrel" aborda a obra de um dos seus compositores favoritos, Frédéric Chopin, e recusando soluções fáceis, opera uma transformação profunda das suas composições, alterando compassos, tempos, melodias e harmonias. Raramente uma fusão ou "mestiçagem" de estilos musicais deu origem a uma música tão pura e orgânica. R.A.

26/12/2010

GEAN GENET



Que homem foi este, para além do santo e do mártir que dele quiseram fazer? Passam cem anos sobre o seu nascimento, mas talvez não tenhamos ouvido tudo o que tinha para dizer



Parece estar-nos a dizer que não esconde nada. As mãos abertas enfrentam o jornalista, que, naquele quarto de hotel em 1957, lhe perguntava, uma vez mais, quem era. "Se eu estou sozinho, posso falar a verdade. Se estou com alguém, minto. Eu sou marginal", poderia ter-lhe respondido, como disse mais tarde a um amigo escritor, Tahar Ben Jelloun.
"Com excepção dos seus livros, não sabemos mais dele do que a data da sua morte, que ele imagina próxima", disse Rainer Werner Fassbinder, o realizador alemão que adaptou "Querelle de Brest".


 "A literatura não apagou a sua vida", diz Valter Hugo Mãe, autor de "o cu de jean genet", breve poema incluído em "contabilidade poesia 1996-2010" e que começa assim: "ninguém podia acreditar que Jean Genet tivesse ganho asas líquidas, escuras como o fundo dos mares, e pairasse sobre os pensamentos menos cautelosos dos homens."

Valter Hugo Mãe diz que o autor francês não teve "a biografia ridícula e vaidosa da maior parte dos autores". "Era um escritor que não escondia nada, que lidava consigo mesmo propondo-se como vítima, mas que se perseguia, como se se quisesse magoar", acrescenta. "insatisfeito, retomava as marés às escuras asas e alava novamente, ondulando e aspergindo o chão com os olhos, sempre ávido de mais", conclui o poema. "Há um discurso incendiário e impiedoso, onde ele é vítima e predador. E, erguendo esse paradoxo, consegue chegar a várias pessoas com temáticas fortíssimas e extremamente amargas", diz ainda Valter Hugo Mãe.

Parece estar-nos a dizer que não esconde nada. As mãos abertas enfrentam o jornalista, que, naquele quarto de hotel em 1957, lhe perguntava, uma vez mais, quem era. "Se eu estou sozinho, posso falar a verdade. Se estou com alguém, minto. Eu sou marginal", poderia ter-lhe respondido, como disse mais tarde a um amigo escritor, Tahar Ben Jelloun.

"Com excepção dos seus livros, não sabemos mais dele do que a data da sua morte, que ele imagina próxima", disse Rainer Werner Fassbinder, o realizador alemão que adaptou "Querelle de Brest".

Mas Jean Genet, abandonado pela mãe num orfanato em Paris, com menos de um ano, foi uma figura maior, que não cabia nos seus próprios livros. "Mau rapaz autodidacta", Jean podia ter sido uma personagem inventada por Genet -achava, aliás, que no teatro representamo-nos sempre a nós próprios ("Uma acção teatral não deve decorrer num palco mas em mim", disse).

E porque não acreditava na biografia, "em vida não queria que se lhe perguntasse sobre a sua vida", explica Pascal Fouché, que este ano, quando se assinalam os cem anos do nascimento do escritor, publicou em livro um conjunto de cartas inéditas da mãe do autor de "Un condamné à mort", uma lavadeira que morreria aos 30 anos com gripe espanhola.

Sem família nem raízes, a ideia de pátria horrorizá-lo-á, e é ao ambiente de uma infância que nunca teve que Jean Genet, por diversas vezes, regressará. Muitas das personagens das suas histórias, como Querelle, o marinheiro homossexual, ou Maurice, o prisioneiro em "Alta Vigilância", carregam nomes de amigos seus no orfanato. Há ainda Solange, uma das criadas na peça do mesmo nome, uma vizinha por quem Genet se apaixonou quando era criança.


"Falar é roubar palavras", escreveu Sartre em "Saint Genet, comédien et martyr", o monumental texto de introdução às "Obras Completas de Genet", editadas pela Gallimard. Poeta, dramaturgo, ensaísta, prosador, Genet foi, na literatura, polissémico. Mas foi ainda realizador de um filme só, "Un chant d"amour", que vai para lá da provocação que os seus conteúdos explícitos poderiam fazer, porque trata do desejo, num sentido mais primário, mais visceral e, por isso, mais humano.

O seu teatro continua a ser representado e entre as peças mais importantes estão "As Criadas" (o ano passado vimos a encenação de Jean-Luc Bondy no Festival de Almada) ou "Os Negros"(Rogério de Carvalho apresentou-a, em 2006, no Teatro Nacional S. João).


Os seus textos proporão, permanentemente, um outro mundo, uma outra realidade, outro conjunto de valores, onde se encontra, apesar de tudo, um desejo intrínseco de salvação dos homens, anjos caídos e negros.

"Era um anti-sistema, mas não era um delinquente puro e duro. Era um homem infinitamente culto, que fez da prisão a sua vida", descreve Jaime Rocha, que salienta o lado militante da cidadania, que o levará a abraçar causas como a dos Black Panters, um movimento revolucionário afro-americano influente nos Estados Unidos nas décadas de 60 e 70, e a causa palestiniana, ainda antes da era bombista. "Ele esteve sempre do lado da vítima", reforça.

E depois há Chatila, o campo de refugiados na Palestina. Genet foi o primeiro europeu a chegar. "Quatro horas em Chatila" resume bem o envolvimento que queria viver e a destruição do modelo social que queria construir. Jaime Rocha, reinventando esse livro, coloca-o a recordar-se: "Eu vi o sangue coalhado pelas ruas estreitas, rapazes e velhos palestinianos a quem cortaram as mãos e os braços, mulheres com as ancas trespassadas por facas, crânios abertos à machadada, olhos furados, barrigas esventradas, mortos, muitos mortos espalhados pelas ruelas, queimados, desmembrados, dezenas, centenas, dois dias e três noites de matança."

Depois disto, Genet não poderia esconder mais nada. Morreu na noite de 14 para 15 de Abril de 1986 num pequeno hotel de Paris. A sua campa, discreta em Marrocos (onde viveu os últimos anos), é o último gesto político de um homem sozinho.



TOM WAITS

Hard Ground" marca a estreia do músico norte-americano Tom Waits na poesia. O livro, que se foca nos sem-abrigo, tem a colaboração do fotógrafo Michael O'Brien, que contribui com imagens.

No activo desde o início dos anos 70, Thomas Alan "Tom" Waits tem um percurso singular na música norte-americana, marcado pela sua voz rouca e presença em palco. A carreira do versátil ícone não se limita apenas à música, apesar de já ter gravado mais de 20 discos. Também trabalhou no cinema, em bandas sonoras e enquanto actor. Apesar de muitos o classificarem como tal, o cantautor de 60 anos sempre receou ser apelidado de "poeta", preferindo ser chamado de "contador de histórias", como disse numa entrevista à "NME".


"Hard Ground" vai ser publicado em Março de 2011 pela University of Texas Press, é o resultado das palavras de Waits e das imagens de O'Brien.

De acordo com a University of Texas Press, o livro "transcende o documentário e apresenta de forma independente, mas poderosa, visões complementares da vida dos sem-abrigo e da resiliência de quem vive nas ruas". O'Brien, que já tinha colaborado com Tom Waits noutras ocasiões, tem 30 anos de experiencia enquanto fotojornalista, muitos deles a trabalhar a temática dos sem-abrigo.


"Hard Ground", uma referência ao "chão duro" que os sem-abrigo habitam, é baseado num livro de 1941, chamado "Let Us Now Praise Famous Men", que juntava a poesia de James Agee à fotografia de Walker Evans. "Let Us Now Praise Famous Men" tratava da vida de agricultores durante a Grande Depressão.

Le Monde elogia Gonçalo M. Tavares

Depois de ter sido distinguido com o Prémio do Melhor Livro Estrangeiro publicado em França, Gonçalo M Tavares é destacado no jornal francês "Le Monde" que traça um perfil do escritor e do seu percurso na literatura.

Começa por se referir a Gonçalo M. Tavares como um escritor pelo qual vale a pena "fazer propaganda" e que "ainda não encontrou em França o eco que merece". Mas para o jornal o prémio que M. Tavares recebeu em Novembro vai servir como rampa de lançamento. "Esta distinção foi só o princípio", destaca o "Le Monde."

O romance "Aprender a Rezar na Era da Técnica" foi o livro que valeu o prémio francês. A mesma obra já tinha sido finalista de outros dois prémios de prestígio, o Femina e o Médicis. É o sétimo livro do escritor editado em França.

Ao PÚBLICO, no dia 21 de Novembro, pouco depois de terminar a cerimónia em que recebeu o Prémio, Gonçalo M Tavares disse ser uma "grande honra" ter o nome "numa lista de vencedores que inclui grandes nomes da literatura e livros míticos". Da lista de premiados, constam nomes e obras que marcaram a história da literatura, como "O Homem sem Qualidades" (1958), de Robert Musil, "Cem Anos de Solidão" (1969), de Gabriel García Marquez, ou "Auto-da-fé" (1949), de Elias Canetti. António Lobo Antunes era, até agora, o único português distinguido.

PATTI SMITH

A rainha do punk foi distinguida com o National Book Award na área de não-ficção com "Just Kids",

"Sempre sonhei escrever um livro", disse Patti Smith na entrega de um prémio de literatura: a rainha do punk foi distinguida com o National Book Award na área de não-ficção com "Just Kids", a história da sua relação de amizade com o artista Robert Mapplethorpe e um retrato da vida boémia em Nova Iorque nos anos 60 e 70.

A cantora, poeta e compositora, que se emocionou na entrega do prémio, relembrou os tempos em que ainda não era conhecida e que, para ganhar dinheiro, trabalhou em livrarias. "Quando trabalhava na [livraria] Scribner, costumava pensar em como seria receber um National Book Award", disse Patti Smith, 63 anos. "Obrigado por me terem deixado descobrir".

24/12/2010

SWANS

Em 1997, Michael Gira dissolveu o seu grupo Swans depois de quinze anos e onze discos. Agora, depois de anos de distância focalizando-se na sua editora, a Young God Records, e na criação de música através dos seus, Angels of Light, Gira trouxe de volta dos mortos os Swans.

Tendo lançado o brilhante e novo álbum 'My Father Will Guide Me Up a Rope to the Sky', e uma turnée pelo Reino Unido e na Europa apartir do final de Outubro, o compositor / produtor / visionário que é Michael Gira tirou da sua programação ocupada para falar com a Pennyblackmusic sobre o trazer a banda de volta, o estado da indústria da música, e começando em 1980 New York City.


PB: Já faz 13 anos desde que dissolveu os Swans. O que fez você decidir que agora era o momento certo para a banda voltar?

MG: Bem, não foi realmente uma decisão baseada no tempo, eu tinha o material que queria gravar, e estava pensando sobre como os Angels of Light realmente não me empolgavam. E eu estava querendo fazer mais do tipo de envolvente sons esmagadores de novo e eu estava ruminando a idéia de reiniciar os Swans com ambas as emoções positivas e negativas associadas com essa decisão. Finalmente, eu apenas disse: "Foda-se, é a minha banda, eu não me importo com o que pensam, eu vou inicia-la." Então agora eu estou procurando isso.

PB: Bem, certamente essa mistura vem através de 'My Father Will Guide Me Up a Rope to the Sky'; as músicas soam muito como uma mistura de estilos das duas bandas.

MG: Bem os Swans mudaram muito ao longo dos anos - é realmente só o trabalho que eu faço e as pessoas que o envolvem, e colocar um nome nele, é o tipo de arbitrariedade, isso não faria sentido exigir a apresentação deste álbum como Angels of Light. Eu estava brincando um pouco com a é Swans / Angels of Light ', mas isso é tão vago, sabe?

PB: Há certamente um retorno a intensidade por que são conhecidos os Swans?
MG: Ah, sim. É mais aberto, e estou tocando guitarras mais altas, e tem um monte de subtextos. Eu usei um monte de guitarras nos Angels também, mas não a tal ponto. Eu não sei o que dizer, excepto que em algum lugar dentro de mim eu sei que à algo dos Swans ou Angels of Light, respectivamente. Mas este é definitivamente Swans.

PB: os Swans foram formados na década de 1980, e muitos vêem como uma década muito escuro, e pode-se dizer que a banda também se reflectiu no tempo o seu som. Acha que a sua decisão de reiniciar o projecto foi de alguma forma influenciado pelo que parece ser um mundo cada vez mais sombrio, pós-2000?

MG: Bem, eu penso que nós estamos entrando com certeza no que parece ser muito escuro, se não uma década sem luz. As coisas estão olhando muito triste, não estão? Mas não, não é um comentário sobre o zeitgeist, ou a necessidade de associar-me ou trabalhar contra ou a favor disso. Mas eu acho que há uma noção dos Swans, que é uma espécie de chegar para a obliteração, o que talvez o tipo de ajustes com o tempo agora.

PB: No início deste ano, também lançou um álbum solo do tipo 'I am Not Insane'..

MG: Sim, bem, não queria realmente um álbum solo, que não fosse para o consumo geral da população. Foi a música que eu tinha escrito para um álbum, e eu gravei aqui na minha mesa com um gravador de DAT, embalado fiz um bloco de madeira mil estampas com desenhos sobre eles em quatro cores de tinta, e levou centenas e centenas de horas nele.

Enfim, eu fiz isso para levantar o dinheiro para o registo dos Swans. Então eu fiz esse CD / DVD chamado " I am Not Insane ", e reuniu-lo, foi realmente um pesadelo porque eu esperava vender cem no primeiro mês ou algo assim, mas mil foram vendidos numa semana e meia. Então foi uma bênção e um pesadelo, eu só tinha feito um par de centenas de antecedência, e logo no momento em que eu o lancei ia para o estúdio com os Swans, então eu pensei: "Oh meu deus, eu tenho 12 horas de hoje no estúdio, e então eu tenho que tentar voltar para casa e montar estas coisas. "

Mas acabou virando toda esta provação de três meses de tentar enviá-los para as pessoas que lhes ordenaram. Mas, sim, essa gravação foi amplamente financiado pelos fãs.

PB: Deve ser muito gratificante ter todas essas pessoas dispostas a ajudá-lo a este álbum feito e lançado.
MG: É gratificante, sim. É meio irônico que, devido ao clima no mundo da música - se se pode usar uma palavra tão sem vomitar! - Que eu tenho que trabalhar oito vezes mais difícil de fazer um quarto da quantidade de dinheiro de volta (risos). Então eu tive que fazer tudo isso, a fim de fazer o dinheiro, para depois pagar para gravar um álbum que eu solte. E então - certamente não os meus fãs - mas muita gente está indo para baixá-lo e não comprá-lo, você sabe? Portanto, é agridoce, eu acho. Há todos estes ginástica você tem que passar para induzir as pessoas a realmente compensá-lo pelo trabalho que você faz

PB: O que de certa forma está atirando no próprio pé, porque se eles não compram esses registros, certamente em selos independentes, eles não terão o dinheiro para fazer mais nada.

MG: Bem, eu posso lhe dizer agora que Young God Records está a desaparecer devido a este problema. Vou continuar lançando músicas por pessoas que estão no rótulo já, mas eu não posso trabalhar tão duro como eu faço e investir o tipo de dinheiro que eu faço em artistas cuja música que eu amo - o que trabalho duro, e depois só tem que não vende porque as pessoas roubam.

Eu não posso suportar mais isso. Não há nenhuma maneira que eu poderia sobreviver, tenho uma família, eu tenho que viver, eu tenho um miúdo. Portanto, não é defensável. Mas isso é um resultado direto de compartilhamento ilegal de arquivos, basicamente. Eu sei porque eu - eu não quero usar a palavra "descobrir", parece que eu sou alguma coisa explorer ou - mas eu trazer a música das pessoas para o mundo, pessoas que anteriormente não eram conhecidos, e eu trabalho muito rígido durante um período de, digamos, dezoito meses para que possam começar - ajudar a organizar suas músicas, produzir a sua música - centenas de horas investidas com o amor pela música. E, em seguida, colocá-lo lá fora, e que vende, você sabe, um par de mil ou algo assim, ao contrário de antigamente, onde seria muito mais do que isso e, entretanto, seus atendimentos ao vivo crescer exponencialmente. Mas ninguém compra o disco do caralho! (Risos)

Então, é uma espécie de posição estúpido para estar dentro Então, eu só aceito que esse é o jeito que é. Alguém vai ter que descobrir isso, mas eu não sou capaz.

PB: É uma questão muito complexa para a indústria como um todo, eu suponho, parece que se você combatê-lo muito duro e colocar muitas restrições sobre as pessoas, eles vão tentar contornar essas restrições, talvez mesmo só através de algum tipo de ressentimento ...

MG: Sim, mas eles só têm de estar conscientes, sabem? Só porque eles podem obtê-lo como um MP3, que não é uma coisa física que pode olhar. Eles não entendem que dentro dessas ondas sonoras que há centenas de horas de trabalho, uma experiência de vida e toda a disciplina que passou a ser capaz de fazê-lo em primeiro lugar, bem como o pagamento para os estúdios, os músicos - tudo isso é incorporado, por assim dizer, em que três minutos canção, você sabe? Mas eles provavelmente nunca teve que trabalhar para fazer algo de si mesmos, e investir em algo que eles sejam apenas pensar "Oh, eu vou ter que"

PB: Como você disse, um monte de que des-valorização da música provavelmente vem do fato de que não há nenhum registro ou CD que você pode segurar em sua mão, a música como um produto é algo mais abstrato do que costumava ser.

MG: As pessoas certas, e depois queixam-se quanto custa CDs - ou o quanto eles estavam, no passado - o que pode ser justo, mas não foi apenas o custo de produção do CD, que foi todo o custo o outro integrante que Eu mencionei que fui para ela. De qualquer forma, eu não estou a tentar apresentar o caso para o capitalismo desenfreado, mas ele simplesmente não me parece justo. Não se poderia esperar de um carpinteiro para trabalhar em troca de nada, então por que um músico?

PB: O trabalho artístico que você tem para os registros de lançamento, tanto em seus próprios projetos e as bandas assinou contrato com a Young God Records, é sempre muito marcante. Eu sei que você trabalhar com vários artistas diferentes para produzir esse trabalho, mas eu queria saber se você tem algum processo específico para trabalhar com os artistas a apresentar trabalhos para os álbuns em particular?

MG: Normalmente é uma peça pré-existente de arte que eu venho através de alguma forma, por acaso, e isso só se encaixa. Isso é geralmente o caso. Eu tenho um olho para isso, e também há um esquema de design especial para o rótulo que faz coisas impressionantes. A capa de "Meu Pai, que é ...', por Beatrice Pediconi, um artista italiano que é realmente bom. Eu estava meditando sobre uma imagem para gravar, e eu estava lendo esta revista e vi uma de suas imagens lá, e eu pensei "uau", que era bonita. Então, entrei em contato com ela e ela concordou em nos deixar usar as suas imagens.

PB: Mais uma vez, a capa de álbum que é uma imagem muito poderosa e uma peça muito bonita ou arte, como você diz.

MG: Você sabe como isso é feito? Vá para seu site beatricepediconi.com, e você verá um monte de imagens que são assim. Ela constrói um 4 "por 4" por 4 'cuba de água profundos, e ela tem uma daquelas grandes, câmeras Hasselblad - eles são 8x10, ou seja o que for - suspensa acima do tanque, ela ilumina o aquário, e depois pinta na da água. Eu acho que ela é incrível.

PB: Eu tenho que dizer, eu não teria imaginado isso! Eu achava que era uma representação de uma galáxia, ou algum outro tipo de astral imaginar.

MG: Sim, é isso que eu gostei. Eu gostava que, em seguida, quando eu descobri como ela fez isso, eu gostei mais ainda porque era como se essa versão micro de um universo macro, você sabe? Como uma pequena coisa delicada, que implica espaço infinito.

Mas sim, para classificá-lo de trabalhos fora assim. Quando eu fiz 'We Are ele "(Angels of Light, álbum de 2007), eu estava pensando sobre a arte-final e então me lembrei Deryk Thomas que fez capas para nós nos anos 90, para Swans. Fui ao seu site e olhou e disse "Oh meu Deus, eu tenho que usar essas coisas!" Então eu liguei para ele e nós fizemos isso.

PB: Essa foi a pintura do cão dos desenhos animados, segurando um osso, não era? Essa imagem é um dos que eu estava pensando quando eu mencionei o seu trabalho artístico impressionante antes - ele realmente gruda na mente. Isso é, obviamente, um método que funciona bem para você. Para voltar à idéia de um registro como um pacote, a arte é uma parte muito integral

MG: Definitivamente, eu cresci nos anos 60 e 70, e toda a idéia de um álbum, com a arte, sempre foi realmente muito misterioso e muito tátil e da arte informou a música e vice-versa. Eu gostei muito isso, eu gosto do aspecto muito. Da mesma forma, um título deve ressoar, mas não desista demais. Ele deve ressoar e implica alguma coisa sobre a música. Então, eles trabalham e elas reverberam uns contra os outros.

PB: Há muito escrito sobre você saindo de cena no Wave dos anos 80 70s/early ...

MG: Que nós éramos parte dela? Eu não diria isso; No Wave foi mais cedo. No Wave foram pessoas como Teenage Jesus e os empurrões, Marte, as contorções, DNA e Glenn Branca, em certa medida, embora ele fica sozinho. Sonic Youth e cisnes veio mais tarde. No momento em que nós dois se mudaram para New York City, no Wave já tinham começado a perder a força. Então, nós ficamos tipo de pós-No Wave, e nós realmente começamos o nosso próprio mundo há pouco em Nova York.

Mas eu gostei No Wave, que era um dos motivos que me mudei para Nova York - que o suicídio e banda. Pareceu-me que realmente interessante, desafiador e super-emocional e psiquicamente música intensa estava sendo feito em Nova York - como apposed onde eu morava em Los Angeles, onde era uma espécie de punk rock estilizado. Com exceção do Germs, que foram bastante caótica, mas elas certamente não havia nenhum tipo de declaração grand musicalmente. Então, não havia nada, pensei, verdadeiramente vital em LA, então me mudei para Nova York.

PB: Eu sei que algumas bandas que saíram dessa cena, como Ut, talvez tivesse mais um a seguir na Europa do que em Nova York.Parece que, muitas vezes mais experimentais ou underground nos EUA, e fazem melhor na Europa.


http://www.pennyblackmusic.co.uk/MagSitePages/Article.aspx?id=5730

21/12/2010

O URSO ZÉ COLMEIA

A personagem de banda desenhada criada pela dupla Hanna e Barbera, o urso Zé Colmeia regressa ao grande ecrã. A longa-metragem será um live action em 3D, tendo apenas os ursos animados em CGI, ou seja, uma aventura misto de animação com computação gráfica e actores reais como foi nos filmes Scooby Doo e Alvim e Os Esquilos. É reinventada e dirigida por Eric Breving, (de Journey to the Center of the Earth, 2008). Dan Aykroid dá voz ao urso comilão, Justin Timberlake faz de Catatau.

Zé Colmeia vê a sua rotina de comilão e desavenças com o guarda florestal (Tom Cavanaugh) ameaçada quando o prefeito Brown (Andrew Daly) decide vender o Parque Jellystone. Anna Faris que faz documentários de natureza tenta acompanhar Zé Colmeia (voz de Dan Aykroyd) e Catatau (voz de Justin Timberlake) pelo parque.

Ofilme só chega ás salas portuguesas em Março de 2011.

19/12/2010

ELEPHANT 6

Em 2008, a extensa e interessante tribo psych-pop o coletivo Elephant 6, de Athens, Georgia, anunciou a Holiday Surprise tour. A idéia era um entrelaçamento dos membros dessas bandas - incluindo Neutral Milk Hotel, Of Montreal, Olivia Tremor Control, Elf Power, e muitos outros - colaboraram a cada noite, desligar os instrumentos e tocar entre si canções. No início do ano que vem, eles vão o fazer novamente, atravessando os EUA com um line-up enorme de mais de 14 músicos que inclui muitos partidários do colectivo.

A turnée deste ano contará com curtas-metragens, bem como jogos de participação da audiência liderada pelo vocalista Julian Koster dos Music Tapes. Estão prometidas canções de bandas -Neutral Milk Hotel, Olivia Tremor Control, Elf Power, Circulatory System, the Music Tapes, e performances de Will Cullen Hart, Bill Doss, Peter Erchick, John Fernandes, Julian Koster, Scott Spillane, Andrew Rieger, Laura Carter, Derek Almstead, Heather McIntosh, Bryan Poole, Theo Hilton, Robbie Cucchiaro, entre outros.

Elephant 6 Holiday Surprise Tour:

02-24 Roswell, GA - WhirlyBall Atlanta
02-25 Tallahassee, FL - Club Downunder (Florida State University)
02-26 New Orleans, LA - One Eyed Jacks
02-28 Austin, TX - Emo's Inside
03-01 Dallas, TX - The LOFT at the Palladium
03-03 Phoenix, AZ - The Duce
03-04 Los Angeles, CA - The Satellite
03-05 San Francisco, CA - The Independent
03-08 Portland, OR - Backspace at the Someday Lounge
03-09 Seattle, WA - The Vera Project
03-11 Salt Lake City, UT - Kilby Court
03-12 Denver, CO - Larimer Lounge
03-14 Minneapolis, MN - Varsity Theater
03-15 Chicago, IL - Lincoln Hall
03-16 Kalamazoo, MI - The Strutt
03-17 Cleveland Heights, OH - Grog Shop
03-18 Toronto, Ontario - Horseshoe Tavern
03-19 Buffalo, NY - Big Orbit's Soundlab
03-20 Easthampton, MA - Flywheel
03-22 Brooklyn, NY - Knitting Factory
03-23 New York, NY - Le Poisson Rouge
03-24 Philadelphia, PA - First Unitarian Church
03-25 Charlottesville, VA - The Southern Cafe and Music Hall
03-26 Raleigh, NC - Kings Royal Barcade

Durante a turnée de 2008 o recluso dos Neutral Milk Hotel o vocalista Jeff Mangum apareceu em algumas aparições. Considerando que Mangum foi o aquecimento para a ideia de mostrar o rosto em público recentemente, há pelo menos uma possibilidade remota de que ele se vai reunir á sua antiga equipa para um show ou dois nessa turnée.

Conan O'Brien Plays With She & Him

Conan O'Brien's no seu novo show na TBS "Conan" juntou-se a M. Ward e Zooey Deschanel no camarim para tocarem "Have Yourself a Merry Little Christmas".

Sobre o show em si, em vez de tocar as músicas do seu álbum Volume Two, 2010, She & Him tocaram um antiga cover de Screamin 'Jay Hawkins "I Put a Spell on You". A cover da canção foi lançada anteriormente numa compilação Starbucks, mas saiu esta semana, como um single digital, suportado por uma versão ao vivo de Volume Two "Lingering Still". . Deschanel e Ward tocaram a música inteira, sem músicos de apoio.

17/12/2010

BRIGHT EYES

Os norte-americanos Bright Eyes vão fazer-se à estrada no próximo dia 2 de Março, numa digressão pelos Estados Unidos, e estará o sétimo álbum de estúdio “The People’s Keys”, que será lançado a 15 de Fevereiro.Conor Oberst, regressa com o seu projecto original, Bright Eyes. Depois de dois álbuns, assinado com o seu nome, os Bright Eyes agora um trio passou a incluir Mike Mogis, um colaborador regular de (quase) toda a vida de Conor, além de Walcott Nath também habitual nos últimos anos. Então, Bright Eyes é um trio agora.

R.I.P. CAPTAIN BEEFHEART

Infelizmente li mesmo agora.....e vai ser amplamente comentado por outras publicaçoes, jornais e televisões....Don Van Vliet, conhecido pelo pseudónimo Captain Beefheart, um dos principais nomes do rock experimental americano nas décadas de 60 e 70, morreu hoje, há poucas horas.

Junto com o amigo de infância Frank Zappa, Vliet foi um dos fundadores do chamado "art rock" na década de 60, mesclando o rock and roll psicodélico da época com o blues, free jazz, experimentalismos de vanguarda e letras surreais e bem-humoradas. Seu grupo, o Magic Band, com uma formação mutante de músicos, existiu entre 1965 e 1982, sob seu forte controle criativo.

Nascido em 1941 na cidade de Glendale, Califórnia, desde criança Vliet mostrou propensão para a arte. Ele gostava de pintar e esculpir animais como dinossauros e peixes, e aos nove anos ganhou um prêmio do Zoológico de Los Angeles, e foi considerado uma "criança prodígio". Na adolescência a família se mudou para a cidade de Lancaster, próxima ao deserto de Mojave, um ambiente mais tranquilo para que ele produzisse sua arte. Nesta época começou seu interesse por música, ouvindo pioneiros do blues como Son House e jazzistas como Thelonius Monk e John Coltrane.

Na escola, ele conheceu Frank Zappa, que compartilhava seus interesses em música e arte. Eles começaram a fazer juntos paródias de músicas da época, e criaram um roteiro para um filme chamado Captain Beefheart vs. the Grunt People, primeira aparição do nome Captain Beefheart. Embora muito tímido, ele imitava bem a voz grave e profunda de blueseiros como Howlin' Wolf. Em 1965, um guitarrista de blues chamado Alex Snoufer o convidou para cantar na banda e estava formando. Foi o início da Magic Band.

Em 1967 foi lançado o primeiro álbum da Magic Band, Safe as Milk. Com base no blues rock da época, o disco já sinalizava algum experimentalismo, e chamou a atenção de músicos como John Lennon e Paul McCartney. Mas, ao contrário, não gostava dos Beatles, e os satirizou na música Beatle Bones 'n' Smokin' Stones. No mesmo ano o grupo foi convidado para tocar no Festival de Monterrey, mas fortes ataques de ansiedade, agravados pelo uso de LSD, levaram Beefheart a "travar" durante um show e deixou o palco. A banda acabou cancelando a participação em Monterrey. Eles gravaram músicas que foram lançadas no disco Strictly Personal, em 1968.

No ano seguinte, Beefheart criou o disco que é considerado sua obra-prima: Trout Mask Replica. Ele exerceu completo controle sobre os músicos, que viveram durante oito meses juntos, em uma espécie de comuna, durante a "gestação" do álbum, lançado pela gravadora Straight Records, de Zappa. Ele e os músicos não tinham dinheiro para comida, e Beefheart muitas vezes abusava deles física e psicológicamente. O resultado foram 28 músicas compostas por Beefheart no piano, de uma só tacada, em oito horas e meia. Os outros músicos sofreram para transpor as músicas para seus instrumentos. Mas no final, o álbum que mesclou definitivamente o blues e o rock com o experimentalismo erudito, melodias atonais, ritmos iconoclastas e os vocais de Beefheart indo do gutural ao falsete, foi aclamado pela crítica especializada. Trout Mask Replica foi considerado pela Rolling Stone o 58º melhor disco de todos os tempos.

Ainda em 1969, Beefheart fez o vocal da falixa Willie the Pimp, do clássico disco Hot Rats, de Zappa. Na década de 70, a produção de Capitain Beefheart e da Magic Band foi irregular, contrastando discos mais experimentais e mais comerciais. Na década de 80 ele acabou definitivamente com o Magic Band e se tornou cada vez mais recluso, se dedicando principalmente às artes plásticas. Ele desenvolveu esclerose múltipla e ficou confinado a uma carreira de rodas desde a década de 90.

A influência de Beefheart é sentida em todas as gerações posteriores do rock experimental e alternativo. Os punks e pós-punks de The Clash, Pere Ubu, Gang of Four e The Fall, os new-waves Talking Heads, Blondie e Devo, os indies Sonic Youth e Pixies, o grunge Kurt Cobain, Jack White, Beck e muitos outros citam Beefheart como influência. O crítico Lester Bangs, o DJ John Peel e o criador dos Simpsons Matt Groening já declararam considerá-lo um dos maiores "gênios" da história do rock.

DAVE GROHL NOS MARRETAS

Dave Grohl, dos Foo Fighters, é a mais nova participação confirmada no filme de "Os Muppets" previsto para estrear no Natal de 2011, o ex-Nirvana será um integrante da banda dos personagens infantis: segundo a revista "NME", Grohl irá assumir as baquetas no lugar de Animal, que estará internado em uma clínica para controlar a sua famosa raiva.

Jack Black, Billy Crystal, Jean-Claude Van Damme, Zach Galifianakis, Ricky Gervais também vão aparecer no longa.

O actor Jason Siegel, da série “How I met your mother” e filmes como I Love You, Man irá escrever o argumento do filme ao lado de Nicholas Stoller, além de protagonizá-lo. O director será James Bobin, criador do serie “Flight of the conchords”.

Essa não será a primeira aventura de Grohl nos cinemas. Na comédia Tenacious D – Uma Dupla Infernal ele interpretou o diabo.

SHELLEY MALIL - PRISÃO PERPETUA

Shelley Malil, um actor do filme Virgem aos 40 Anos, The 40 Year Old Virgin, foi condenado na quinta-feira (16) a prisão perpétua, por ter esfaqueado a sua namorada por 20 vezes em 2008.

Em testemunho realizado em um tribunal da Califórnia em Setembro, o actor de 45 anos afirmou que confundiu Kendra Beebe com um possível agressor que o perseguia na escuridão da casa dela, em San Diego (Califórnia).

"Apesar de ele ter me esfaqueado 23 vezes e ter tentando me matar, eu estou viva. Apesar das cicatrizes assustadoras que ele deixou no meu corpo, eu estou viva", declarou Kendra no julgamento, segundo a revista People.

Malil pegou a sentença máxima. Dessa vez, ele admitiu a tentativa de assassinato. No testemunho, declarou que encontrou a então namorada com outro homem.

"Eu falhei miseravelmente, não apenas como ser humano, mas como um pai, filho, tio, irmão, amigo. O que eu fiz com Kendra... Eu não tenho palavras para expressar os meus remorsos", declarou.

O actor poderá recorrer da sentença em dez anos.

11/12/2010

LOS CAMPESINOS

Los Campesinos! ofereceram-nos Too Many Flesh Suppers, agora Kindle A Flame In Her Heart, a sua música de natal, e preparam a fanzine Heat Rash.

Heat Rash é a fanzine de música da banda de Cardiff, que vai ser lançada quatro vezes por ano, e podem encomendar ou assinar por um ano no site dos Los Campesinos.

LISTAS 2010

Começam as listas do ano.... o Ponto Alternativo ja elegeu as primeiras e continua a votação dos leitores.

André Forte

1. Thee Silver Mt. Zion Memorial Orchestra & Tra-la-la Band – Kollaps Tradixionales (Constellation Records)
2. Rosetta – A Determinism of Morality (Translation Loss Records)
3. Master Musicians of Bukkake – Totem Two (Conspiracy Records)
4. Intronaut – Valley of Smoke (Century Media)
5. Warpaint – The Fool (Rough Trade)
6. Red Sparowes – The Fear Is Excruciating, But Therein Lies the Answer (Sargent House Recordings)
7. Löbo – Älma EP (Major Label Industries)
8. Wovenhand – The Treshingfloor (Sounds Familyre Records)
9. Altar of Plagues – Tides EP (Burning World Records)
10. Sobre a Máquina – Decompor (Sinewave)

Single do ano: Kylesa – Tired Climb (Spiral Shadow, Season of Mist Records)

Menções Honrosas:

* Falta de espaço na lista: Crushing Sun – TAO (Major Label Industries);
* Reedição: Horseback – The Invisible Mountain (Relapse Records); Jesu – Heart Ache / Dethroned (Hydra Head Records)
* Regresso: Peter Gabriel – Scratch My Back (Real World Records).

Ana Beatriz Rodrigues

1. Pop Dell’Arte – Contra Mundum (edição de autor)
2. Löbo – Älma EP (Major Label Industries)
3. Ali Farka Touré & Toumani Diabate – Ali & Toumani (Nonesuch)
4. God Is An Astronaut – Age of The Fifth Sun (Revive Records)
5. PAUS -É Uma Água (Enchufada)
6. Warpaint – The Fool (Rough Trade)
7. How To Destroy Angels – How To Destroy Angels (edição de autor)
8. She & Him – Volume II (Double Six Records)
9. Blonde Redhead – Penny Sparkle (4AD)
10. Peter Gabriel – Scratch My Back (Real World Records)

Single do Ano: How To Destroy Angels – A Drowning e Pop Dell’Arte - Ritual Transdisco

Menções Honrosas:

* Falta de Espaço na Lista: Ariel Pink’s Haunted Grafitti – Before Today (4AD); The Black Heart Procession – Blood Bunny / Black Rabbit (Temporary Residence Limited); !!! – Strange Weather, Isn’t It (Warp Records)
* Surpresa do Ano: Azevedo Silva – Carrossel (edição de autor)
* Regresso: Linda Martini – Casa Ocupada (Rastilho

HOLGER CZUKAY

"Tínhamos bilhetes marcados para o Wilhelm Gustloff [o Titanic do regime nazi], mas a minha avó não quis viajar de navio. Então fomos de comboio, numa carruagem que transportava soldados feridos, e o navio foi torpedeado pelos russos. Morreram dez mil pessoas." É assim que o baixista, compositor e pioneiro da utilização do estúdio enquanto ferramenta de composição Holger Czukay começa a descrever a sua biografia.

Nascido na cidade-livre de Danzig (agora Gdansk), na Polónia, em 1938, um ano antes da Segunda Guerra Mundial, a família de Czukay emigrou para a Alemanha tinha o músico seis anos, para escapar ao conflito. Na adolescência, assistiu a uma palestra do compositor Karlheinz Stockhausen, que se demonstrou marcante na vida do músico alemão.

"Havia um homem no público que disse: 'O senhor quer chocar- -nos com a sua música, e entretanto vai ganhar muito dinheiro à nossa custa.' O Stockhausen respondeu que apenas o fazia por razões musicais. Quanto a dinheiro, não precisava de se preocupar, porque tinha casado com uma mulher rica." Czukay tornou-se, pouco tempo depois, pupilo do "último compositor europeu", nas suas palavras, com o qual estudou por três anos.

"O Stockhausen tinha um entendimento absoluto da música. Ensinou-me a deixá-la falar por si própria, a saltar o muro para descobrir onde vou aterrar. Um dia disse-me: 'O pássaro, quando aprende a voar, tem de sair do ninho.'"

Foi na Suíça, precisamente enquanto estava à procura de uma esposa rica, que conheceu Michael Karoli, o guitarrista e co-fundador dos Can, o seminal grupo de rock vanguardista alemão, cujo alinhamento viria a cristalizar com a entrada do baterista (e metrónomo humano) Jaki Leibzeit, o teclista Irmin Schmidt e o vocalista japonês Damo Suzuki, que abandonou o grupo em 1973, depois de Future Days.

Os Can tornaram-se um dos timoneiros do movimento krautrock, que adaptou a linguagem do rock britânico e americano a uma identidade distintamente alemã. "Era uma banda muito séria, tornou-se mais importante do que as nossas vidas pessoais. Discutíamos imenso. Uma vez, um jornalista perguntou-me a mim e ao Jaki [Liebzeit] qual tinha sido a nossa maior discussão, eu disse- -lhe que ele já me tinha ameaçado com uma faca. É verdade, veio direito a mim com uma faca enquanto eu gritava 'vá, mata-me!'"

Em 1977, abandonou os Can, a meio da digressão que nesse ano trouxe o grupo a Lisboa e ao Porto. Com Movies (1980), torna-se uma das figuras de proa do nascimento do techno enquanto género distinto do registo académico em que a música electrónica se inseria, embora ainda esteja ligado ao influente grupo germânico: "Tornou-se o meu seguro de vida."

A solo, Holger Czukay tornou-se um dos pioneiros do sampling como substituto para um vocalista tradicional, e como ferramenta de composição. "Se não posso encontrar um cantor a sério, obtenho um cantor virtual", ironiza, acerca da inovação, hoje utilizada quase universalmente na música electrónica e de dança.

Hoje, 33 anos depois de ter deixado os Can, o baixista tocou a 9 Abril, no Lux (Lisboa), num cartaz partilhado com os lisboetas Gala Drop.

BOB DYLAN

O manuscrito da canção "The Times They are A-Changin" de Bob Dylan, um dos temas mais conhecidos escrito em 1963, foi vendido hoje por 442,5 mil dólares (333,8 mil euros) num leilão em Nova Iorque organizado pela Sotheby's.

A leiloeira anunciou que a folha de papel onde Dylan escreveu a lápis a canção, que reflecte o momento que então se vivia nos Estadios Unidos, foi comprado pelo coleccionador norte-americano Adam Sender por um valor que ultrapassou largamente o inicialmente precvisto, de 200 a 300 mil dólares.

Quatro compradores lutaram pelo original da canção emblemática dos anos 1960, segundo um comunicado da Sotheby's.

O original tem a assinatura do cantor, na parte superior da folha de papel, e o título da canção está na parte inferior.

O conteúdo político de "The Times They are A-Changin" transformou a canção num hino para os grupos de activistas que nos anos 1960 lutaram por mudanças sociais nos EUA.

Artistas como Nina Simone, Brian Ferry, Eddie Vedder (Pearl Jam) e Bruce Springsteen cantaram versões desta canção.

Dylan sempre deixou ao acaso os manuscritos mas neste caso o documento foi guardado por um amigo do cantor, Kevin Brown, que o introduziu no meio musical de Greenwich Village na primeira viagem a Nova Iorque. Depois, o manuscrito passou para as mãos de Eve e Peter Mackenzie, em cujo apartamento Dylan se instalou para compor por várias temporadas.

REABRE O CINEMA NUN ´ALVARES no PORTO

Nun’ Álvares, no Porto, abre portas

O responsável pelo projecto, Elias Macovela, o Nun’ Álvares vai apresentar uma programação comercial e independente que pretende reconquistar o público da cidade.
O som foi melhorado e o equipamento de projecção foi substituído para a reabertura, que está a cargo da Malaika Cinemas, uma empresa especificamente criada para gerir a sala de cinema da zona da Boavista.
Apesar de o espaço ter fechado devido a um défice de 50 mil euros, o novo responsável acredita no sucesso do investimento.
“O cinema fechou porque não era rentável, porque tinha uma programação com filmes de autor. Nós teremos uma programação mista: comercial e independente. Por outro lado, o sistema digital permite uma grande diversidade de programação e uma redução em termos de custos operacionais”, explicou Elias Macovela.
A intenção da Malaika Cinemas é “criar uma programação mais próxima das pessoas do bairro”, fazendo com que, “aos poucos, se reconquiste esse público para o cinema”, acrescentou.
O cinema estará aberto todos os dias, com cinco sessões diárias, entre as 14:00 e as 00:00.
O responsável prefere não adiantar os valores do investimento feito, mas admite que foi “bastante elevado”, até porque incluiu também a “criação de quatro postos de trabalho directos”.
Quando encerrou, em Janeiro de 2006, a sala era gerida pela Medeia Filmes, que justificou o fecho com um défice de 50 mil euros.
Inaugurado em 1949, o Cinema Nun'Álvares, localizado na Rua Guerra Junqueiro tem, agora, capacidade de 192 lugares.
No Porto, nos últimos anos, fecharam várias salas de cinema portuense, entre as quais o Batalha, Trindade, Lumiére, Águia d'Ouro e Pedro Cem.

MATHILDE MONNIER + LA RIBOT

Apetecia-me dizer (disse) um grande palavrão......confundi o dia pensei que fosse hoje.....Mathilde Monnier, e La Ribot são as duas minhas preferidas encenadoras e bailarinas...... como foi possível perder este espectáculo.

Gustavia é um diálogo entre duas coreógrafas maduras, sozinhas num palco, frente a frente, duas cabeças diferentes apoiadas num mesmo corpo: andrógino, pernas compridas, cabelos claros. Mais do que um dueto, é um solo para dois corpos. Gustavia também é nome de mulher, mas é sobretudo um nome artístico.

La Ribot: “É um clown sexual, uma amazona futurista. Ela evoca todos os fantasmas da mulher livre”. Mathilde Monnier: “É uma mulher contemporânea, paradoxal e contraditória”. Também é uma personagem que nos fala do palco e dos seus códigos, a esboçar um retrato do artista enquanto figura ridícula, que tropeça, cai e recomeça, sempre a transformar a incompetência em competência, sempre a pedir um pouco da nossa atenção. O burlesco é uma energia indisciplinada, que atravessa todas as artes sem se deixar aprisionar numa forma precisa e estável.

Gustavia é um vaudeville burlesco. Duas mulheres trágicas e cómicas caminham de saltos altos num terreno acidentado. Procuram uma espécie de paraíso perdido – a infância e o riso, toca e foge, Bucha e Estica.

03/12/2010

GIANT SAND + HOWE GELB

Howe Gelb/Giant Sand anuncia tourné na Alemanha em Novembro

15-Nov-10 GER Munster - Gleis 22

16-Nov-10 GER Hamburg - Uebel&Gefhrlich

18-Nov-10 GER Frankfurt - Das Bett

19-Nov-10 GER Dresden - Beatpol

20-Nov-10 GER Schorndorf - Manufaktur

21-Nov-10 GER Munich - Feierwerk

22-Nov-10 GER Nurembberg - Kuenstlerhaus K4

23-Nov-10 GER Leipzig - Moritzbaste

24-Nov-10 GER Berlin - Lido

BARDO POND

Josephine Foster & Bardo Pond are to play the Godspeed.. currated "Nightmare Before Christmas" starting December 3rd in Minehead.

27/11/2010

JOHN BALANCE- COIL

"COIL would very much like to see the creation of a newsgroup for minimal musics. We enjoy a wide spectrum of such musics, from La Monte Young, Alvin Lucier, Arvo Part, Nurse With Wound's Solilique For Lilith,The Dream Syndicate (orig.concept not the newer group who plundered the name) to Synus, Earth and so on.and on and on. Some new so called ambient musics fall between genres and so between newsgroups: some of our own music has certainly been deeply inspired by and informed by such musics,from Partch to Subotnic." - John Balance and Jenni De'Ath of COIL


"We have obviously done a whole range of substances in the past. We have never made a secret of this. Love's Secret Domain was a speed and MDMA fueled session.No LSD was ingested while making this recording. I personally havn't taken anything like that for more than several years. It's so nice to travelling but oH so much nicer to come home. No cannabis, no speed, no nothing.No alcohol, as a rule, but as people know I have had had problems with this in the past and keep away as much as I possibly can. So am I straight edge now? I suppose I am. And very , very happy to be this way. ALL of COIL members are like this at the moment (and Danny Hyde too). It's just come about naturally. When we've been so far out for so long the only place left to go is back around again. Personally I've been getting my highs from getting up at 5.30 am every day, buying a hardcore Industrial Masticator(juicer) and drinking freshly made organic fruit and vegetable juices, starting Hatha Yoga again (a lapsed teenage practise) and am thinking of getting into Colonic Irrigation. Ahhhhh From the eyeball to the Anus. Blue Sky Eye to Blind Eye. All of the above are practical ways to expand the conciousness. I dislike numbing substances. We have lost so many friends to cocaine and heroin, either via death or just Puppetlife! Self-Love and safe exploration amongst trusted and well loved companions is the way to go, whatever route one chooses to take."

12/11/2010

R.I.P HENRYK GÓRECKI

O compositor polaco, Henryk Górecki, um dos grandes nomes do modernismo, morreu hoje em Katowice aos 76 anos, depois de vários anos a lidar com um frágil estado de saúde. O seu trabalho, seguido com admiração junto dos meios melómanos, onde era reconhecido como um dos mais originais compositores do seu tempo, ganhou reputação junto do grande público com a Sinfonia nº3, a chamada "Sinfonia das Canções Tristes", composta em homenagem às vítimas dos Holocausto e que atingiu vendas acima do milhão de exemplares, ou pelas colaborações com o Kronos Quartet.

Nascido em Czernica, na Silésia, a 6 de Dezembro de 1933, Górecki, filho de músicos amadores, tornar-se-ia uma figura fulcral do renascimento da música polaca no pós-Guerra. Inicialmente influenciado pelo vanguardismo de Webern, Luigi Nono ou Karlheinz Stockhausen, dedicar-se-ia a partir da década de 1970 à música sacra, de um lirismo acentuado e onde se destacava a influência da música popular do seu país.

10/11/2010

MILOS FORMAN

One Flew Over the Cuckoo's Nest ( Voando sobre um Ninho de Cucos),1975, drama dirigido por Miloš Forman, marcou época não só por ter apresentado Milos ao mundo mas também porque foi um dos primeiros trabalhos de destaque de Jack Nicholson, que dizem inclusive se ter internado no hospital psiquiátrico do filme dois meses antes das filmagens para compor o personagem. Fazem parte do elenco também os actores Danny de Vito e Christopher Lloyd no seu primeiro trabalho.

O filme é uma adaptação de um romance de Ken Kesey, e foi produzido pelo actor Michael Douglas.

Randle Patrick McMurphy é um malandro que após ser preso, se finge de louco para ir para um hospital psiquiátrico e assim esquivar-se a uma porção de trabalhos forçados na prisão. Lá começa a influenciar os outros internos, e começa a sofrer oposição da cruel e sádica da enfermeira Mildred Ratched. Com forte poder persuasivo, McMurphy instaura uma reviravolta na clínica, não sabendo ele o que isto lhe pode custar.

Oscar 1976 (EUA)

* Venceu nas categorias de melhor filme, melhor actor (Jack Nicholson), melhor actriz (Louise Fletcher), melhor director (Milos Forman) e melhor argumento adaptado.

TUXEDO MOON

Isabelle Corbisier | Valladolid (9 Abril)fotos registadas pela belga Isabelle Corbisier que escreveu um livro-biografia sobre a banda.

Antes de passarem por Porto,( também passaram pela Fnac, no centro comercial Norte Shopping, na minha cidade, Matosinhos- tenho os discos assinados, e Steven Brown estava com uma horrivel dor de dentes) Famalicão e Lisboa, os Tuxedomoon efectuaram uma digressão em Espanha.

GLASTONBURY 2012

O prestigiado festival de música britânico de Glastonbury não se vai realizar em 2012 devido à falta de casas de banho portáteis, entre outros serviços, anunciou a organização ao jornal The Mail.

Em causa está a celebração dos Jogos Olímpicos que se vai verificar na capital Londres, no mesmo Verão, e que implica a transferência da maioria dos actuais serviços para esse evento.

Além das casas de banho, também motivos de segurança estão na base da decisão, uma vez que grande parte do controlo policial de 'Glasto' será transferido para os Jogos’12.

A organização do maior festival a céu aberto do mundo explica que a contratação destes serviços “seria muito cara”, uma vez que a procura por casas de banho portáteis será grande e as empresas responsáveis vão inflacionar o respectivo preço.

DEAD KENNEDYS

Dead Kennedys Nazi Punks Fuck Off single do EP, In God We Trust Inc., 1981. Foi vendido com uma braçadeira e uma suástica cruzada, uma indicação da repulsa da banda relativamente ao simbolismo nazi. Devido aos títulos e letras de singles anteriores, como California Über Alles e Kill The Poor, os concertos da banda eram frequentados por simpatizantes neonazis, e esta foi a forma mais simpática encontrada por Biafra para tornar a mensagem bem clara.

07/11/2010

PINA BAUSCH

Dreams in the footsteps of Pina Bausch, titlo original Tanzträume, realizado por Anne Linsel, e Rainer Hoffmann, em 2010, com Pina Bausch, Jo-Ann Endicott, Bénédicte Billiet.

Com Kontakthof, criada em 1978, Pina Bausch tem provocado uma experiência única e sem precedentes na história do repertório de dança: transmissão da dança para não-profissionais. Havia em primeiro lugar a versão de 1999 intitulada Kontakthof com senhoras e senhores com mais de 65 anos, e em 2008 Kontakthof com adolescentes de 14 anos. É este filme, narra a aventura maravilhosa realizada por Anne Linsel e Rainer Hoffmann.

Um documentário que segue todos os passos dessa transmissão,a audiência dos adolescentes de doze escolas de Wuppertal, as sessões semanais de ensaios, dirigidos por dois bailarinos da companhia, Jo Ann Endicott e Bénéd Billet, até ao primeiro dia um ano mais tarde, a 7 Novembro, 2008 no Tanztheater de Wuppertal.

Mas mais do que isso, em torno do tema central de Kontakthof ", um lugar onde as pessoas se reúnem para fazer contatos", disse Pina Bausch, o filme apresenta uma iguaria rara, com uma galeria de retratos de adolescentes que falam da sua geração através da sua história pessoal, e do estado do mundo.

Em 2008, Pina Bausch, poucos meses antes da sua morte, decide representar o seu famoso espectáculo Kontakthof, desta vez sem a sua banda, mas com um bando de adolescentes de 14-18 anos, que nunca subiram a um palco, nem nunca tinham dançado. Este documentário é a sua história ...

É ali em pleno numa abordagem muito particular de dançar, que fez uma marca de Pina Bausch, esta forma de trabalhar com material humano, não forçar o corpo, mas adaptando-o às possibilidades de cada um constantemente questionando os bailarinos as suas vidas, o seu passado ... sempre voltando ao que sempre foi o coração da sua obra: as emoções, a comunicação entre homens e mulheres ... expressa em movimentos espontâneos que parecem estar em vigor repetidos movimentos de grande fluidez. As meninas usam túnicas de seda, os meninos casacos e gravatas ...

O filme acompanha o processo que se repete gradualmente num maravilhoso trabalho colectivo que traz a parte mais íntima da sua vida e como um trabalho de um ano inteiro pode ser uma grande máquina a florescer, a soltar-se, forçando as barragens.

01/11/2010

GARBAGE + THE KINKS

Os Gargabe, cujo último disco remonta a 2005, vão regressar aos discos em 2011.

A vocalista Shirley Manson adiantou que os autores de "Only Happy When It Rains" já estão a gravar o quinto álbum e que poderão voltar aos concertos.

Em 2005, os Garbage fizeram uma pausa quando Shirley Manson saiu da banda para gravar um disco a solo que nunca chegou a ser editado, aparentemente devido a um conflito entre a cantora e a sua editora.

Dave Davies assegura que Kinks nunca se juntarão outra vez e faz todo o tipo de acusações ao irmão, Ray Davies.

Dave Davies tem alimentado sua briga pública com o antigo colega de banda e irmão Ray Davies - insistindo que ele nunca vai se reunir na união dos The Kinks.
Dave, que tem uma relação notoriamente volátil com Ray, não trabalhou com o irmão desde a separação da banda em 1996.

Dave Davies recusou o convite de Ray em se reunir para um show tributo ao falecido colega Pete Quaife, baixista e fundador em Junho, depois que o baterista morreu de insuficiência renal.

No início deste mês, Ray levantou rumores que uma reunião estava iminente, e que o seu irmão estava "voltando" á ideia da banda se reunir.

Entretanto, Dave insistiu que uma reunião está fora de questão porque iria manchar o legado da banda "Seria uma vergonha. Você não precisa ver velhos em cadeiras de rodas cantando You Really Got Me ".

Isso desmente a declaração do baterista Mick Avory no começo do ano de que a banda teria gravado novas músicas para um álbum.

31/10/2010

SPARTACUS CHETWYND


Spartacus Chetwynd, nascida Lali Chetwynd em Londres, 1973 é um artista performática experimental e pintora.

Depois de se formar na Slade e Royal College of Art, Chetwynd exibiu extensivamente no Reino Unido e no exterior exposições individuais no Migros Museum, Zurich; Galerie Giti Nourbakhsch, Berlin e the Serpentine Pavilion em Londres.

Chetwynd é conhecida pelas suas participações em mostras colectivas e peças de performance, incluindo Stay Forever and Ever (2007) the South London Gallery, Delirious at the Serpentine Pavilion; L'après Midi d'un Faun (2006) Athens; Do Not Interrupt Your Activities (2005) the London College of Art; Vilma Gold presents (2003) at Vilma Gold, e Dusu Choi no the Institute of Culture, Korea 2002.


Spartacus Chetwynd's Evening with Jabba the Hut.

Os trabalhos da artista Spartacus Chetwynd, facilmente acumula grupos de pessoas em actos de absurdo racionalismo.As suas re-enactions tem a vibração de um quintal musical. Ela engana as pessoas para um re-estadiamento icón de momentos culturais, a partir do video pop Thriller, de Michael Jackson, para a vida selvagem Born Free, e cada performance é um assunto periclitante - os artistas raramente ensaiam mais de duas vezes onde a determinação e os adereços são de fabricação caseira.

O seu hino de The Great Gatsby encenado no clube de um homem que trabalha em Hackney apresentou um monte de easy-going participantes vestidos de trilbys, vestidos melindrosos e pérolas batendo e voltando pintas e o tabagismo entre eles. O clima é benigno, o público inebriado, e os actores desdenham o artifício com indiferença casual.

O que fascina na Chetwynd é como ela pode reunir grupos de pessoas em actos de absurdo racional. Não se trata de humilhação, Chetwynd é sempre um participante das suas produções, vestindo-se como uma sirigaita desleixada de biquíni para sua noite com Jabba the Hutt (em que tinha de re-imaginar o comerciante de escravos o infame de Star Wars como supostamente (pina colada- bon vivant), ou empinada como um eunuco na sua homenagem a Meat Loaf.

Mesmo antes de se formar no Royal College of Art, em 2003, Chetwynd tinha algo de culto. Ela foi seleccionada para Bloomberg's New Contemporaries e foi nomeada para o Beck's Futures, em 2005. O resultado fez com que as suas produções low-fi agora possam exigir grandes orçamentos. No início deste ano ela fez uma corrida de caracóis em Itália, que tinha o brio de Palio di Siena, mas a chave para o sucesso Chetwynd é o improviso, estética shoe-string da sua arte, e, para isso ela está actualmente concentrando-se em eventos variados- de dia film festivals a night clubs. O que é sempre garantida é uma injecção vital de participação do público. Como Chetwynd disse (citando Homer Simpson), "A única coisa que posso lhe oferecer é a dependência total e absoluto."

Porque se gosta dela:? Por causa de "Thriller". Ou quem não gostaria de se vestir como um zumbi, e fazer de shimmy? Na falta deste, o seu épico a pé até Dover os passos de Dickens, a partida de David Copperfield começando no leste de Londres e chegar com os pés a doer e com fome, cerca de 17 dias depois.

Na família: o talento de todos aqueles adereços tinha que vir de algum lugar, a mãe de Chetwynd é a designer Luciana Arrighi, que ganhou um Oscar por Howards End.

Actualmente está a construir uma casa numa árvore, em Kent.

YEASAYER

The cover of Yeasayer’s last album, Odd Blood.

ELYSIAN FIELDS

Há muito que os nova-iorquinos Elysian Fields dão que falar no "underground" musical da "Big Apple". Regressam a Portugal com novo pretexto para a (re)descoberta da sua "art dream pop". Tocam em Arcos de Valdevez (5 de Novembro), na Figueira da Foz (6) e em Espinho (7).
A dupla nasceu em 1990, quando o guitarrista Oren Bloedow se deixou encantar pela voz sensual de Jennifer Charles. Deram-se a conhecer com um EP homónimo que os situou algures entre uns Cowboy Junkies e uns Mazzy Star, embora não tão comerciais como os primeiros e não tão negros como os segundos.

Ao primeiro longa-duração, "Bleed Your Cedar" (1996), seguiram-se "Queen of the Meadow"(2000), "Dreams that Breathe Your Name" (2002), "Bum Raps and Love Taps" (2005) e "The Afterlife" (2009), que vêm apresentar. Entre os muitos nomes com quem colaboraram, destacam-se os de John Zorn e Dan the Automator.

JOANA NEWSON - no proximo ano em Portugal

Joanna Newsom w/ Alasdair Roberts, 1/24/11 Casa da Música Porto.
Joanna Newsom desperta ódios e amores; uns dizem que as suas canções são lá música ; outros dizem que têm toque que ajuda à redenção. Que é muito bonita..estámos todos de acordo.

Depois de The Milk-Eyed Mender (Drag City, 2004) e Ys (mesmo selo, 2006), Newson editou um disco triplo, Have One On Me.

WHITE MAGIC

White Magic é uma daquelas bandas assustadoras e intrigantes semelhante aos Black Heart Procession ou os dias mais sombrios na turnê dos Interpol. É claro que estes indie folksters de Brooklyn, N.Y., confiam na força das cordas vocais de Mira Billotte para criar as trilhas sonoras da sua casa assombrada. É a voz quase sobrenatural de Billotte que leva os ritmos e melodias para um estado etéreo.

O projecto criado por Mira Billotte, os White Magic têm sido das mais fascinantes entidades a trabalhar a forma, a tradição e a progressão da canção anglo-saxónica neste novo século. Parecem preocupar-se com todos os elementos – as frases, o desenho do ritmo, uma nova reconversão harmónica de elementos vocais e instrumentais, a invenção melódica das suas construções musicais.

O seu trajecto público inicia-se com a discreta mas não menos interessante banda Quix*o*tic, que abandona em 2003 para criar os White Magic, que cedo editam dois EP’s marcantes – In Through the Sun Door e um outro a meias com o grupo norte-americano American Analog Set. Está logo desde o princípio do seu trabalho editorial a extremamente invulgar cadência das melodias de Billotte, que fazem coabitar a abertura frásica da canção jazz mais simultaneamente livre e objectiva (a Billie Holiday de Strange Fruit), a espiral da música etíope de Alemayehu Eshete ou Mahmoud Ahmed, ou a delicadeza gravitacional de Karen Dalton.

Dat Rosa Mel Apibus, pela Drag City, foi o primeiro registo em longa-duração, e levou este amplo vocabulário para paragens psicadélicas muito próprias, dando mais extensão e invenção de estúdio sem por nunca perder a concisão da música White Magic.

Foi já em 2007 que o fenomenal EP Dark Stars saiu, contando com a participação e composição decisivas do britânico Doug Shaw, que se manteve desde então como uma espécie de escritor-adjunto do projecto – trouxe à banda mais soltura e um contraste luminoso para toda a densidade enigmática e por vezes turva de Billotte. No mesmo ano, Billote contribuiu para o estrambólico filme I’m Not There de Todd Haynes, com a sua versão do original de Bob Dylan As I Went Out One Morning.

2008 viu o lançamento pela Latitudes de uma peça, New Egypt, versão quase definitiva do formato longo de canção desta primeira fase dos White Magic.

Voltam, neste seu ritmo imprevisível de trabalho público e edições, mas com imparável coerência e inventividade, a lançar um disco de média duração durante este Outono.

30/10/2010

THE FEELIES

The FEELIES

Le Truck, Lyon-Venissieux
June 12, 1989


1. Only Life
2. Deep Fascination
3. Higher Ground
4. Dancing Barefoot (Patti Smith)
5. The Final Word
6. Take It As It Comes (The Doors)
7. Away
8. Slipping (Into Something)
9. Moscow Nights
10. Too Far Gone
11. Sedan Delivery (Neil Young)
12. I'm A Believer (Monkees)
13. Run Run Run/European Son/What Goes On (Velvet Underground)
14. Fa Ce La


The Band:
Bill Million Vocals/guitars
Glenn Mercer Vocals/guitars
Dave Weckerman percussion
Brenda Sauter bass
Stan Demeski drums