27/02/2012

C. Spencer Yeh aka Burning Star Core

C. Spencer Yeh improvisou em contextos de free jazz, fez noise psicadélico e poesia sonora espástica, compõs enervantes obras concretas e investigou imersivos drones no violino. As peças de voz saltam em torno do campo stéreo em ritmos e as partes de guitarra mantem uma vantagem concisa, contrastando com tons mais corajosos, com pedaços de distorção, frequências ativas e distúrbios magnéticos, como uma versão menos detalhada de Phill Niblock.

É assim que Yeh chega a 1975. Esta não é uma retrospectiva, mas também não é uma evolução das preocupações básicas de Yeh. No álbum 11 esboços eletroacústicos, Yeh dá-nos vislumbres do que ele fez anteriormente.Yeh trabalha em modo mínimo por toda parte. A instrumentação é limitada, mas o tom geral é duro e cru. Além das duas últimas faixas, são funcionalmente intitulados: “Drone,” “Voice,” “Two Guitars.”Há ainda dois que Yeh chama esquetes: interlúdios curtos feitos a partir, como os títulos dizem: “Shrinkwrap from a Solo Saxophone CD” e “Drips.”

Apesar dos seus títulos e diversidade, mais do que qualquer dos seus discos anteriores, expressa asua perspectiva única sobre o que significa fazer a chamada música experimental: estar incompleta, permanecer em aberto, e fazer música para coçar a cabeça e não acariciar o queixo.

C. Spencer Yeh "1975" Intransitive Recordings, 2011.

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