10/09/2010

KEITH HARING

Tommy Hilfiger acaba de lançar uma edição limitada de calçado em colaboração com a Fundação Keith Haring. Keith Haring (1958-1990) foi um artista gráfico e activista americano que utilizou com frequência a sua arte para abordar temas sociais e combinou arte, música e moda na sua obra, rompendo barreiras entre as diferentes áreas. A sua iconografia é uma mistura de elementos sexuais com discos voadores, pessoas, animais, pirâmides, televisões, telefones, etc. Uma visão particular do mundo que o tornou um dos artistas mais conhecidos do século XX.

A colecção de Tommy Hilfiger inclui ténis e galochas para rapaz e rapariga, assim como calçado desportivo masculino. Em todos os modelos estão presentes os desenhos de Keith Haring, que traduzem uma cultura urbana de rua da década de 1980.

Esta colecção cápsula reflecte na totalidade a essência das obras de Keith Haring, que desde cedo desenhou figuras que exprimiam a sua preocupação pelo que se passava no mundo.

Keith Haring nasceu nos EUA, em 1962, numa pequena cidade chamada Kutztown. Na década de 80, mudou-se para Nova Iorque, onde frequentou a School of Visual Arts. A vida desta cidade, o hip-hop, o breakdance e os graffitis influenciaram-no imediatamente. Keith Haring contactou com os chamados “artistas de rua” e começou a ganhar notoriedade ao desenhar a giz nas estações de metro, ruas e paredes das ruas de Nova Iorque. As suas primeiras exposições formais ocorreram a partir de 1980 no Club 57, então um ponto de encontro da elite vanguardista. Na mesma década, participou em várias bienais e pintou diversos murais pelo mundo – Sydney, Amesterdão e até mesmo no Muro de Berlim.

Keith Haring criou um código visual muito próprio, que se tornou facilmente reconhecível por todos. Utilizava linhas de contorno com traço grosso, tornando as suas figuras muito simples, e dava preferência às cores primárias e secundárias.

Em 1988 criou a Fundação Keith Haring, em favor das crianças vítimas de Sida. No ano seguinte, perto da igreja de Sant´Antonio Abate, em Pisa, Itália, criou a sua última obra pública - o grande mural intitulado “Tuttomondo”, dedicado à paz universal.

Morreu aos 31 anos de idade, vítima de Sida, tendo sido um forte activista contra a doença, que abordou mais que uma vez nas suas pinturas.

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