26/09/2010

WOMEN IN BASS

É pena que The Shaggs não tivesse baixista...

Nadja, ex Coal Chamber

Ginger
Tina Weymouth
Kim Gordon
Julie Slick, Adrian Belew Power Trio
Kim Racer
Sean Yseult, dos White Zombie
Melissa Auf Der Maur, Hole, Smashing Pumpkins
Michell Ndegeocello
Kim Deal
D'arcy Wretzky - The Smashing Pumpkins


No indie britânico, a propensão para bandas de rapazes recrutarem uma mulher para o baixo é menor. O caso mais óbvio é sem dúvida Debbie Googe, dos My Bloody Valentine. Das mesmas andanças shoegazers, Rachel Goswell, a vocalista dos extintos Slowdive, não resisitiu ao apelo do baixo nos mais folky Mojave 3. Charlotte Cooper dos Subways e Freddy Feedback dos Art Brut são dois exemplos actuais de baixista no feminino dentro da ilha de Sua Majestade.

No boom do punk dos anos 70, citemos os nomes das baixistas Gaye Advert, dos britânicos Adverts, e Lorna Doom, dos Germs, como bravas penetrações em bandas maioritariamente masculinas. E não nos esqueçamos que, a nível do hardcore, Kira Roessler teve parte activa no auge dos Black Flag de Henry Rollins. Mas a new wave e o pós-punk foram mais dóceis e acessíveis para o aparecimento de mulheres no instrumento rítmico de cordas. Sara Lee tornou-se uma freelancer que interveio em momentos cruciais da vida dos Gang of Four e dos B-52’s; Patricia Morrison também se desdobrou em várias bandas de culto como os góticos Sisters of Mercy, os psychobillies Gun Club e os punks The Damned.

Mas a maior desse período foi sem dúvida Tina Weymouth, a loira alegre e arty dos Talking Heads. Sabia corresponder à exigência funk dos Talking Heads não só com dedilhados mas também com um irrequieto pézinho de dança. Nos tempos da garra punk, era menina para sangrar a mão enquanto tocava sem palheta. Impressionava.

Em Portugal, o nosso melhor exemplo é a baixista dos Mão Morta, Joana Longobardi, que empresta ao grupo uns ares mais góticos com os seus longos cabelos.

Kim Deal dos Pixies tem sido outro símbolo de empatia com o público. As menores rédeas dadas à baixista por Black Francis: poucas vezes Deal se aproximava do microfone para cantar Gigantic ou o lado-b Into the White. Os Dandy Warhols dedicaram-lhe uma canção, Cool as Kim Deal. Naomi Yang (hoje metade dos Damon & Naomi) dos Galaxie 500 é mais uma peça de cristal do pop-rock.

No indie rock americano, os exemplos de mulheres no baixo acumulam-seJoanna Bolme (que toca com Stephen Malkmus e faz parte dos Quasi), Laura Ballance (dos Superchunk), Michelle Mae (dos Weird War e ex-Make-Up), Toko Yasuda (dos Enon) e Kathy Foster (dos Thermals) são apenas alguns dos muitos casos que confirmam a tendência das mulheres para o baixo.

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