19/09/2010

KIYOSHI KUROSAWA

Filmes de terror? filme fantástico? um cineasta de género? Kiyoshi Kurosawa numa entrevista diz "O que eu considero um genuíno e eficiente filme de terror é aquele em que depois do filme acabado, o público vai para casa e o terror e o medo instilados sobrevivem, levando o público a imaginar “O que acabei de ver?” e “Quem eram aqueles personagens?”

Sobre a diferença entre seus filmes de terror e o último, não considerado de género, "Sonata de Tóquio" Kurosawa diz: "É claro que para filmes de terror, eu sei que o objectivo é assustar o público, por isso estou sempre pensando em maneiras diferentes para que estes filmes sejam realmente assustadores. Desta vez, eu não acho que havia qualquer razão para que as pessoas sentissem medo de assistir ao filme. Mas o que não é diferente entre este filme e meus filmes de horror é que eu estou sempre tentando mostrar como os elementos que limitam o que vemos na tela estão sendo influenciados por forças fora da tela. Esses são os tipos de coisas que eu quero expressar - o vento, uma sombra intrusa, ou a luz que brilha - são diferentes tipos de expressões, e eu não acho que foram utilizados em Sonata de Tóquio de forma diferente dos meus filmes de horror. Possivelmente, porque eu também não queria mostrar apenas o que vemos, mas a influência do que não vemos, e talvez o sentimento que resultou, estranhamente, foi algo um pouco assustador."

Considerado um dos pais do J-Horror, actualmente é um dos principais directores do cinema japonês contemporâneo Kiyoshi Kurosawa, apesar do sobrenome não tem nenhum parentesco com o famoso cineasta Akira Kurosawa.

No início da carreira, nos anos 80, fazia filmes de baixo orçamento lançados directamente no mercado de homevideo, em geral ligados ao género Yakuza.

O primeiro grande sucesso do director, conseguiu a proeza de ser seleccionado, no mesmo ano, para os festivais de Berlim, Cannes e Veneza, transformando Kurosawa num dos principais nomes do cinema japonês.

Além disso, dois filmes com grande reconhecimento internacional: "Futuro Brilhante" (2003), nomeado Palma de Ouro no Festival de Cannes, e o mais recente, "Sonata de Tóquio" (2008), que valeu o prémio do júri da mostra "Um Certo Olhar" do prestigiado festival francês.

"Inúteis Pulse", exibido em Cannes chegou a ser comprado pelos poderosos Irmãos Weinstein para um remake em Hollywood, que seria dirigido por Wes Craven, mas depois o projecto acabou sendo realizado por Jim Sonzero, com um resultado inexpressivo.

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